O transporte rodoviário é reconhecido como uma importante ferramenta econômica, já que muitos produtos e serviços se deslocam diariamente, fazendo com que a economia funcione. É importante reconhecer o papel dos trabalhadores que possibilitam que esse processo aconteça e funcione adequadamente: entre eles, os motoristas de caminhão.

Mesmo sabendo da importância desses profissionais, o mercado mundial encontra hoje um deficit de trabalhadores no setor. A necessidade de melhorias das condições de trabalho, como o trânsito, rodovias melhor estruturadas, horários mais flexíveis para cumprir as entregas e cobrança de clientes, é apontada como fator que desmotiva os trabalhadores a iniciarem a carreira de motorista.

O salário também não motiva os jovens a ingressarem na profissão. O custo inicial para a formação deve sair do bolso do próprio trabalhador, que deve investir entre R$ 25 mil e R$ 32 mil. Além disso, são poucas as empresas que decidem investir no início da carreira dos motoristas, já que a falta de infraestrutura dificulta que escolas de formação profissional e até exames de aptidão sejam desenvolvidos.

Carreira

O início da carreira tem suas dificuldades, mas o motorista enfrenta, também, obstáculos para se manter na função. Dos motoristas iniciantes na Europa, dois terços ainda acreditam que a carreira de motorista tem futuro. Ainda assim, mudanças significativas devem acontecer para que a atual situação dos trabalhadores melhore e a perspectiva da profissão venha a acolher novos profissionais.

Diante desse quadro, o interesse pela profissão de motorista é menor do que a demanda, gerando deficit. No Brasil, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), faltam 100 mil motoristas. Na tentativa de solucionar esse problema, a aposta é no jovem que pode se interessar pela carreira, investindo na formação inicial em parcerias com autoescolas.

Além de melhorar as condições de trabalho, a profissão deve ficar mais atraente e a formação para o início de carreira deve ser sempre desenvolvida. Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, a necessidade de motoristas segue as novas demandas da economia.

“É preciso entender a realidade para que as medidas possam melhorar o processo do transporte. O motorista, que é a base do processo, deve ser incentivado e motivado a iniciar e continuar essa carreira que é tão importante para a economia”, afirma.

Fonte: Fetropar