As reuniões entre o setor patronal e os trabalhadores são feitas com o objetivo de renovar as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Por isso, em 13 de julho, membros da Comissão de Negociações Coletivas da Federação dos Trabalhadores Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar) e um representante da Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar) realizaram a segunda rodada de negociações para o fechamento da data-base de junho.

A CCT dos rodoviários abrange o reajuste da categoria preponderante. No entanto, muitos sindicatos representantes das categorias preponderantes já concluíram as negociações com o setor.

O problema é que os valores estipulados nem sempre representam ganhos significativos para os trabalhadores.

O coordenador de Negociações Coletivas e Jurídico da Fetropar, José Aparecido Faleiros, conta que foi apresentada durante o encontro uma contraproposta, cuja finalidade é trazer mais benefícios aos trabalhadores do setor de transportes.

“Propomos o reajuste desses pisos salarias em 10%, auxílio-alimentação no mesmo percentual e o auxílio funeral da convenção coletiva também nesses patamares”, explicou.

A data-base dos trabalhadores desse segmento acontece em junho, mas as negociações ainda não foram concluídas porque, conforme relatou o secretário de Negociações Coletivas e Jurídico da Fetropar, Jaceguai Teixeira, o setor patronal oferece, para algumas regiões do estado, um reajuste abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Em maio, o INPC acumulou 9,82%. Uma das propostas colocadas em discussão no setor patronal é que a categoria dos rodoviários consiga, no mínimo, um reajuste equivalente ao INPC.

“A maior dificuldade que será enfrentada no mês de julho é que, como assinamos somente a categoria diferenciada, os motoristas são minorias. Tudo depende da categoria preponderante. As convenções, há anos, já são negociadas assim. Muitas vezes, temos que aceitar o que a categoria preponderante fecha”, ressaltou Jaceguai.

O secretário destacou que um dos obstáculos ocorre quando a categoria preponderante assina a Convenção com uma correção abaixo da inflação.

“Ficamos bem preocupados, porque tem categoria preponderante que fecha abaixo da inflação e ainda faz parcelado”, avaliou.

A Fecoopar vai realizar uma assembleia para avaliar a contraproposta. A expectativa, de acordo com os membros da Fetropar, é que o retorno ocorra o mais breve possível.

Fonte: Fetropar