As reformas anunciadas pelo governo de Michel Temer prejudicarão imensamente os trabalhadores. O grande desafio, agora, é mobilizar a classe trabalhadora e a própria sociedade, antes que os retrocessos sejam implementados.

Para discutir os aspectos prejudiciais da Reforma da Previdência – que já tramita no Congresso como Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 – e da reforma trabalhista, a Fetropar realizou uma reunião da diretoria, em 22 de fevereiro.

Na ocasião, os dirigentes debateram sobre os caminhos que serão tomados para que o movimento sindical não fique de fora dos debates sobre os projetos que estão em andamento. Afinal, os direitos dos trabalhadores e o benefício da aposentadoria para as próximas gerações é que estão em jogo.

“Vamos fazer nossas mobilizações para evitar grandes retrocessos sociais. Esse é o momento, portanto, de unirmos forças entre a categoria”, destacou o presidente da Fetropar, João Batista da Silva.

Participação

O deputado estadual Cobra Repórter (PSC) participou da reunião e destacou a importância de levar o debate sobre a Reforma da Previdência para a sociedade. A sugestão é realizar uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

“Que se corte tudo, mas não dá para cortar o que é mais importante para o ser humano. Se passar essa reforma, será o fim da nação”, salientou.

Que sociedade queremos?

As reformas deixam uma pergunta para os brasileiros: qual é a sociedade esperada para o Brasil? O questionamento é do assessor jurídico da Fetropar, Sandro Lunard Nicoladeli. De acordo com o advogado, a questão da Previdência é sempre um pacto de gerações.

“O pacto que está sendo proposto para as gerações futuras é um pacto que vai inviabilizar o acesso à aposentadoria. É importante que tenhamos isso muito claro. Em qualquer lugar que estejamos, precisamos denunciar isso, para que se posicionem de forma clara”, ressaltou o assessor.

A reforma trabalhista também apresenta uma série de medidas impactantes para os trabalhadores. Sob a justificativa de aprimorar as condições de trabalho, o projeto de lei 6787/2016 irá flexibilizar o tempo de trabalho e acabar com a força da atuação sindical.

“O nosso ponto de partida é diferente do patronato. Aí, nos cabe a resistência. Só vamos ganhar os trabalhadores na reforma trabalhista se a nossa postura na reforma previdenciária for dura”, destacou.

A Federação planeja realizar seminários para aprofundar o assunto com os dirigentes e, consequentemente, com a base.

Fonte: Fetropar