Não há idade certa para deixar de dirigir. A legislação prevê que a carteira de habilitação deve ser concedida para indivíduos que tenham idade a partir de 18 anos. Dos 18 aos 60 anos, por exemplo, muitas coisas acontecem. As ideias amadurecem e o corpo envelhece. Por isso mesmo, o desempenho de algumas atividades passa a ter declínio.

Em algumas pessoas, esse declínio pode ser lento e progressivo. Em outras, no entanto, a queda na atenção e nas atividades motoras pode ser maior. A direção veicular não é um procedimento tão simples como parece. Exige atenção e desempenho motor e mental.

A decisão sobre a idade máxima para dirigir um carro precisa ser baseada em exame médico, em que serão avaliadas as condições físicas do condutor. Portanto, ele não pode representar um risco para outros motoristas, pedestres, ciclistas ou para ele mesmo.

A resolução nº 007/98 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamenta os exames médicos para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de cinco em cinco anos até os 65 anos de idade. A partir daí, os exames são exigidos a cada três anos.  

No entanto, o motorista precisa estar atento e reconhecer o momento em que deve parar de dirigir. Muitos deles param de dirigir cedo, porque não enxergam bem ou sentem dificuldade para se integrar ao ritmo agitado do trânsito.

Dos 65 anos em diante, algumas condições de saúde são reduzidas. Os problemas de saúde que podem se tornar empecilhos para a direção veicular incluem as doenças degenerativas do sistema nervoso central, tais como mal de Parkinson e Alzheimer. Além disso, as pessoas que têm problemas de catarata, hipertensão ou diabetes não controladas não devem se arriscar no trânsito.

No entanto, conforme explicação do presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva, nem todos apresentam os mesmos problemas de saúde. Por isso, não há uma data definida, no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para a interrupção da concessão.

“Por isso, é importante que o motorista faça exames periódicos, a fim de descobrir se está em condições adequadas para continuar a dirigir. Além disso, o uso de medicamentos pode ter repercussão na direção”, orienta.

O ideal é que os motoristas, além do acompanhamento médico, não se esqueçam da parte mental. Os exercícios para manter a mente sadia, como o hábito da leitura e de fazer palavras cruzadas, podem ajudar a exercitar o raciocínio.

Fonte: Fetropar