Motoristas que vivem nas rodovias brasileiras precisam de um veículo que tenha condições de encarar todos os quilômetros a serem rodados. É uma questão de segurança não apenas para o motorista, mas para todos aqueles que circulam pelas estradas.

Segundo o levantamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a média de idade entre os caminhões que pertencem às empresas transportadoras é de 10,2 anos.

Já os veículos dirigidos por motoristas autônomos têm, em média, 18 anos de fabricação. Costumam ser caminhões que poluem mais, têm maiores chances de se envolver em acidentes motivados por falhas nos freios e nos pneus, e nem sempre passam por manutenção preventiva.

Os problemas relacionados aos caminhões com idade média alta vão além de congestionamentos, queda de produtividade do motorista em função do desconforto e baixo desempenho do veículo. Os altos índices de acidentes com veículos mais velhos realmente preocupam.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), metade dos acidentes registrados em 2010 nas estradas federais envolviam modelos de caminhões mais antigos, mesmo representando cerca de 5% da frota total.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva, orienta que as empresas devem ter como uma de suas prioridades a renovação constante de sua frota de caminhões. “Uma das principais formas da empresa garantir a segurança do trabalhador é fornecendo veículos mais novos e com a manutenção sempre em dia”, afirma.

Em 2013, os caminhões de motoristas autônomos tinham uma média de 17,2 anos, enquanto a frota de transportadoras era de 8,3 anos.

Automóveis

Quando comparada a dos automóveis no Brasil, a idade média dos caminhões se torna ainda mais alta. A frota nacional de carros é jovem, com média de 6,9 anos. Mais nova que de países desenvolvidos como Estados Unidos e Japão, por exemplo.

A situação se inverte quando a média é dos caminhões. Os veículos de transporte de cargas na Alemanha têm, na média, 8,8 anos.

Dificuldade

Alguns trabalhadores encontram diversos obstáculos para obter melhores condições de trabalho. A dificuldade de conseguir que a empresa faça investimentos nos veículos é grande, mas o trabalhador deve insistir. O empregador deve garantir a segurança do empregado durante a jornada de trabalho, e um veículo com condições adequadas de uso é fundamental para assegurar a integridade do trabalhador ao longo de suas viagens.

João Batista acredita que, mesmo nos casos em que não há possibilidade de conseguir um veículo mais novo, é importante que os empregadores realizem manutenção constante da frota. “É preciso verificar se os veículos estão em plenas condições. Isso pode evitar que acidentes graves aconteçam”, reforça o presidente da Fetropar.

Fonte: Fetropar