Muitos trabalhadores têm o costume de negociar suas férias com as empresas em que trabalham. Todos admiramos pessoas que trabalham muito e se esforçam em seus empregos. Porém, as férias foram feitas para o trabalhador relaxar e ter momentos de lazer longe da rotina do trabalho, não para agradar aos patrões.
Porém a escolha de negociar ou não as férias é do trabalhador. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é obrigatório que as férias sejam de no máximo 30 dias e no mínimo 20 dias. O trabalho realizado durante as férias gera pagamento em dobro do período, mais um terço do total.
Após um ano de trabalho, o empregado que possui carteira assinada tem direito de tirar férias. O período de descanso remunerado pode ser dividido, por exemplo, em 10 dias em uma época do ano e em mais 20 dias em outra. Ou então o trabalhador pode tirar 20 dias de férias e vender 10 para a empresa – neste caso, irá trabalhar e receber o valor referente a esses dias, se privando da folga. Porém não é permitido fazer acordos informais e vender os 30 dias de folga.
Embora haja a consciência da importância do descanso, muitos trabalhadores optam por ficar sem férias por longos períodos. A dificuldade de se afastar das atividades profissionais é um dos pesadelos de quem teme o período de folga. As causas do medo variam e vão de pressões sofridas pela chefia, ao aumento das responsabilidades, a competição entre os colegas e a falta de transparência nos processos da empresa.
Caso haja a “venda das férias”, além dos 10 dias, o empregador poderá ser punido administrativamente pela Delegacia Regional do Trabalho e ser acionado na Justiça do Trabalho. Neste caso, estará sujeito a pagar novamente os dias trabalhados nas férias, ainda que estes tenham sido pagos “por fora” e também quitados por ensejo da concessão das férias.
Para o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, as férias são importantes para que o trabalhador descanse o físico e a mente. “O período de descanso é um direito do trabalhador, por isso, deve ser aproveitado. O sindicato está sempre à disposição para orientar os trabalhadores que se sentirem prejudicados ou ameaçados pelas empresas em que trabalham”, afirma.
Fonte: Sinttrol