Ambientes ou estabelecimentos que apresentam características como prostituição, pouca iluminação, ausência de vigilância e consumo de bebidas alcoólicas são considerados pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes.
De acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), existem quase dois mil deles nas rodovias federais brasileiras, dificultando o processo de fiscalização e gerando receio de que os números relativos ao crime aumentem.
As informações foram coletadas entre 2013 e 2014 em parceria com a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Organização Não Governamental (ONG) Childhood Brasil e algumas entidades do setor privado.
O mapeamento tem como objetivo ajudar na formulação de estratégias de combate ao crime por vários setores da sociedade, por meio de estudo e monitoramento de dados e indicadores que viabilizem a prevenção, o enfrentamento e a efetiva proteção de crianças e adolescentes vitimadas pela exploração sexual.
O Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) também têm trabalhado desde 2004 para ampliar a participação dos motoristas no combate ao crime. Com o slogan “Abuso e exploração: com isso não se brinca”, são desenvolvidas atividades em todo o país para conscientizar os profissionais do setor.
O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva, recomenda que os trabalhadores colaborem no combate ao crime de exploração sexual de menores, denunciando sempre que observarem essa situação nas rodovias.
“Nós sabemos que a polícia não tem como fiscalizar todos os quilômetros das estradas, 24 horas por dia. As denúncias realizadas por quem percorre as rodovias e consegue identificar a prática são fundamentais para que as autoridades possam agir”, alerta João Batista. “Todos temos de fazer a nossa parte na construção de uma sociedade mais humana.”
As denúncias podem ser realizadas por meio do serviço do Disque 100, ou pelo plantão 190. As ligações são gratuitas, podem ser realizadas de telefones fixos, celulares e orelhões, e o anonimato do denunciante é assegurado.
Fonte: Fetropar