As motocicletas se apresentam como o mais rápido meio de transporte para driblar o trânsito caótico da atualidade. Porém, ao mesmo tempo em que facilitam a vida do condutor, as motos também os deixam expostos a acidentes mais sérios. Os motociclistas acabam mais vulneráveis e propensos a lesões graves em eventuais colisões.
Dados do estudo “Retrato da Segurança Viária no Brasil”, realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), indicam que o número de mortos em acidentes de trânsito com motos triplicou entre 2002 e 2013.
A pesquisa mostra que, dos 43.075 mortos no trânsito brasileiro em 2013, 12.040 eram motociclistas ou passageiros de motos. Em 2002, esse número era três vezes menor, contabilizando 3.773.
O estudo do ONSV ainda aponta que diversas atitudes poderiam evitar esses acidentes, como melhoria nas condições de trafegabilidade das vias, mais campanhas educativas para conscientização dos usuários, ampliação da fiscalização no trânsito e melhoria da geração e da coleta de dados relacionados à violência no trânsito.
Riscos
Se em acidentes apenas com carros os danos ao motorista, ao passageiro e ao próprio veículo, já são altos, esse risco aumenta ainda mais quando se trata de motocicletas. Na moto, o risco é gigante. De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), o condutor de moto tem 20 vezes mais chances de morte do que motoristas de carros.
Um fator importante para minimizar esses riscos é o uso de capacete, equipamento de proteção obrigatório para os motociclistas. De acordo com o SIM, sem a proteção o risco de morte do condutor aumenta em 60 vezes.
De acordo com o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, as empresas são obrigadas a fornecer os equipamentos de proteção. “A vida do trabalhador deve vir sempre em primeiro lugar. Se as empresas se negarem a fornecer esses equipamentos, o trabalhador deve procurar seu sindicato para fazer a denúncia”, orienta.
Fonte: Fetropar