Mais de 9,3 mil internações na rede pública de saúde, em decorrência de acidentes de trânsito, foram registradas no Paraná em 2016. No total, 2,6 mil pessoas foram vítimas fatais. Conforme o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), no mesmo período mais de 60 mil veículos se envolveram em acidentes no estado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 90% das ocorrências de trânsito são causadas por falha humana, como o desrespeito às normas de trânsito, a distração e a imprudência, sendo a alta velocidade um dos maiores problemas.

Dados da OMS revelam que quanto mais rápido está o veículo, maior é o risco à vida do pedestre. Uma pessoa atingida por um carro a 80 km/h, por exemplo, tem 60% de chance de morrer após o atropelamento.

Com relação à distração, a maior preocupação ainda é o uso de celular. Por conta dos riscos que dirigir e manusear o aparelho simultaneamente pode causar, a multa para essa infração subiu para R$ 293,47, além da punição com 7 pontos na carteira.

Alternativa

Além de colaborar para a preservação do meio ambiente e ajudar na diminuição dos congestionamentos nas cidades brasileiras, o investimento em transporte coletivo de qualidade também pode deixar o trânsito mais seguro e evitar acidentes.

É o que comprova um estudo da Associação Americana de Transporte Público (APTA). De acordo com o trabalho, além de reduzir a quantidade de carros nas ruas, redes de transporte público bem estruturadas organizam o trânsito e a cidade.

O estudo revela que, nas áreas em que há investimento em transporte coletivo, existe 5 vezes mais segurança nas ruas e estradas em relação às comunidades que priorizam o transporte individual.

De acordo com o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, tornar o sistema público de transporte eficaz faz com que mais pessoas optem por utilizá-lo durante os deslocamentos que realizam no dia-a-dia.

“Apenas com um serviço eficaz e de qualidade as cidades vão incentivar a população a utilizar os ônibus com maior frequência. Dessa forma, além de melhorar o fluxo do trânsito, também estaremos diminuindo a emissão de gases poluentes e preservando o ar que respiramos”, ressalta João Batista.

Fonte: Sinttrol