Quem trabalha na estrada sabe que alguns trechos são mais perigosos que outros – geralmente por conta da falta de manutenção ou de estrutura. O último Anuário da Confederação Nacional do Transporte (CNT), com dados referentes a 2017, mostra quais são as estradas do Brasil que mais apresentam riscos.
Confira a lista a seguir:
- Estrada entre Sorriso, no Mato Grosso, e Barreiras, na Bahia
Esse trecho começa na região oeste da Bahia e se desdobra nas rodovias BA-460, TO-040, TO-280 e BR-242. Algumas pistas não têm pavimentação, sinalização ou estrutura mínima para os rodoviários. Há ainda a presença de vários rios, que transbordam em épocas de cheias e favorecem acidentes.
- Rodovia BR-158
O trecho mais perigoso da rodovia fica entre os municípios de Jataí e Piranhas, no estado de Goiás. Há um descaso grande do Estado na região, com vários quilômetros esburacados e sem pavimentação. Também faltam placas de sinalização e estrutura adequada para os motoristas que transitam por ali.
- Rodovia BR-222
A BR-222 liga municípios dos estados de Fortaleza e do Pará. É justamente neste último estado que fica o trajeto mais arriscado, entre as cidades Marabá e Dom Eliseu. Muitos avanços ocorreram nos últimos anos, mas a rodovia continua precária. O principal problema são os buracos, espalhados por toda a pista em alguns trechos. Há, ainda, um desleixo governamental com a conservação do local. Em determinadas épocas do ano, a vegetação chega a cobrir a estrada.
- Rodovia GO-174
O trajeto entre as cidades Rio Verde e Iporá, localizadas no interior de Goiás, ficou popularmente conhecido como rodovia da morte. Entre os riscos, destacam-se buracos e curvas perigosas.
- Estrada entre São Vicente do Sul e Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul
Composto pela RS-241, RS-640 e BR-158, o trecho tem falhas estruturais gravíssimas que exigem um olhar mais atento do governo. Faltam placas, sinalizações e faixas de acostamento – tudo isso com um asfalto muito esburacado. O trajeto também conta com muitas curvas fechadas, completando a receita perfeita para acidentes fatais.
- Estrada entre Teresina, no Piauí, e Barreiras, na Bahia
A inclusão desse trecho na lista é preocupante por conta de seu alto fluxo de veículos. Afinal, passam por ali as rodovias PI-140, PI-141, PI-361, BR-020, BR-135, BR-235 e BR-343.
Os principais problemas dessa via são estruturais, como falta de sinalização adequada e ausência de faixas de acostamento.
- Rodovia BR-010
O trecho que liga Brasília e Palmas, capital do Tocantins, é fonte de muita dor de cabeça para rodoviários. O principal motivo é a eterna obra em andamento da região, que ainda tem muitos trechos sem asfalto ou em construção, com pistas únicas e sem acostamento.
- Estrada entre Marabá, no Pará, e Wanderlância, no Tocantins
As rodovias BR-153, BR-230 e PA-153 formam o trecho conhecido pela falta de manutenção e, principalmente, pelas pistas esburacadas, em um completo descaso do poder público.
- Estrada entre Barracão e Cascavel, no Paraná
O trajeto é composto pelas rodovias estaduais PR-163, PR-182 e PR-582, além da BR-163. Por ali, o principal problema é de planejamento, pois apresenta geometria inadequada – assim como grande parte das estradas do estado. Também há pouca sinalização ao longo do percurso.
- Estrada entre Belém, no Pará, e Guaraí, no Tocantins
Uma via fundamental para o desenvolvimento do país devido à sua conexão com o porto de Belém também é prejudicada pela má conservação, com muitos buracos e falta de sinalização. Também há relatos de problemas de segurança na região.
Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, a situação nas estradas do Brasil exige uma atenção redobrada das entidades governamentais. “Os números de mortos se comparam aos de países em guerra. A lista mostra os trechos mais perigosos, mas os problemas apresentados neles se repetem em todos os estados. As autoridades precisam tomar providências urgentes”, pontua.
Fonte: Fetropar