Na última quinta-feira (7), a Fetropar realizou uma reunião de emergência com seus sindicatos membros e sua assessoria jurídica para discutir o novo ataque do Governo Federal à classe trabalhadora.
No dia 1º de março, o presidente Jair Bolsonaro assinou a Medida Provisória (MP) 873/2019, que fere a autonomia das entidades sindicais e invalida as escolhas dos trabalhadores ao determinar que as contribuições sindicais só poderão ser pagas em boleto bancário.
A MP representa um movimento muito claro para acabar com os sindicatos. Afinal, as entidades estão em luta contra alguns dos principais projetos do Governo, como a Reforma da Previdência e a retirada de direitos por meio da adoção da “carteira de trabalho verde e amarela”.
“A Medida é uma estratégia do Governo Federal, que pretende aprovar as mudanças na Previdência que colocariam em risco o futuro das aposentadorias dos trabalhadores brasileiros. Os sindicatos representam um obstáculo para isso, já que não irão aceitar a retirada de direitos da classe trabalhadora”, explica o presidente da Fetropar, João Batista da Silva.
A publicação é a investida mais forte para tentar acabar com o movimento sindical desde o fim da ditadura militar, e se soma aos estragos já causados pela Reforma Trabalhista do governo Temer.
O Governo Federal escolheu declarar guerra aos sindicatos por vias claramente inconstitucionais. A MP infringe o direito à autonomia sindical, previsto na Constituição Federal de 1988.
As entidades sindicais do país já estão se organizando para impedir que o desmonte instituído pela MP 873/2019 entre em vigor. Hoje (8), as principais centrais do país estarão reunidas para estudar formas de barrar essa medida.
A Fetropar está mobilizada e já traça estratégias para defender a independência do movimento sindical. Agora, a sobrevivência dos sindicatos e da defesa dos direitos dos trabalhadores está diretamente ameaçada. A luta é inadiável e cabe a todos os dirigentes sindicais promoverem a conscientização sobre a gravidade da situação.
Fonte: Fetropar