O dia 8 de março foi escolhido para homenagear as mulheres ao redor do mundo e valorizar os papéis desempenhados por elas em todos os setores da sociedade. No entanto, a data tem um simbolismo ainda maior, muito além das celebrações.
O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, na esteira dos movimentos de luta pela igualdade entre os sexos, que começaram a se expandir no início do século.
A medida teve o objetivo de reservar um momento no calendário para relembrar que ainda seriam necessários muitos avanços políticos e sociais para que a equidade fosse alcançada. Embora o comércio tenha tentado se apropriar dessa data, hoje, mais de 40 anos depois, o movimento sindical ainda se mantém fiel aos valores e reflexões originais do 8 de março.
Para o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, a categoria deve aproveitar a data para celebrar as conquistas, mas também para debater perspectivas futuras.
“Quando olhamos para todos os avanços que tivemos nos últimos anos, é fácil esquecer que ainda há muito a ser feito. Ainda precisamos lutar por questões como a igualdade salarial, o fim da dupla jornada de trabalho e o combate ao assédio e às violências. Queremos que todas as mulheres da categoria saibam que o sindicato está atento a todas essas questões e as trata como prioridade em nossa luta”, afirma João Batista.
Números mostram a estrada que ainda deve ser percorrida
Algumas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam a direção em que a luta da classe trabalhadora deve seguir para alcançar a igualdade entre homens e mulheres. De acordo com o órgão, em 2016, as trabalhadoras receberam, em média, o equivalente a 76,5% do que os trabalhadores do sexo masculino com funções semelhantes a elas receberam.
Quanto mais alto o nível de escolaridade, maior a desigualdade. De acordo com o estudo, mulheres com ensino superior completo ganham apenas 63,4% do salário médio dos homens com o mesmo grau de formação.
A situação é ainda mais grave porque as trabalhadoras ganham menos trabalhando mais. Isso porque o sexo feminino ainda é acometido pelo fenômeno da dupla jornada – ou seja, além de cumprir seu horário de trabalho, a mulher ainda é a principal responsável pelos afazeres domésticos e cuidados com a família. Segundo o IBGE, elas dedicam ao lar e aos filhos 73% de horas a mais do que os homens.
As estatísticas mostram que os desafios ainda são grandes, mas os sindicatos estão preparados para comprar essa briga e continuar apoiando todas as trabalhadoras na busca por seus direitos.
Hoje, o Sinttrol parabeniza as mulheres da categoria e reafirma seu compromisso com a luta pela igualdade. A organização coletiva alcançou muitas conquistas nas últimas décadas, e seguirá sua trajetória de conquistas daqui em diante.
Fonte: Sinttrol