Reforma Trabalhista, terceirizações, desmonte da Previdência Social… Infelizmente, o Brasil vive uma onda de retrocessos. Direitos históricos conquistados pelos trabalhadores brasileiros parecem ter desaparecido em um piscar de olhos.

Para conseguir a aprovação desses retrocessos, setores do empresariado iniciaram uma série de ataques contra os sindicatos. Mas a história mostra que somente a organização da classe trabalhadora em torno de seus interesses consegue garantir melhorias concretas para todos. Esse é o papel do sindicato: lutar pelos direitos dos trabalhadores e enfrentar as injustiças do mundo do trabalho. Um funcionário não é capaz de confrontar essas desigualdades sozinho, já que não detém o mesmo poder que o empregador.

O papel da entidade sindical é estimular a coletividade tão necessária nessa “queda de braço”. Vale lembrar que os empregadores também se organizam para defender seus interesses. Atualmente, existem aproximadamente seis mil sindicatos patronais no Brasil. Se eles podem, por que os trabalhadores não poderiam?

As terceirizações e a nova legislação trabalhista atacam diretamente a capacidade de organização das categorias e, ao mesmo tempo, abrem caminho para a retirada de direitos centrais para a qualidade de vida da população. As novas regras permitem a redução de salários e o aumento da jornada de trabalho. Somente o fortalecimento dos sindicatos pode impedir que a classe não seja ainda mais prejudicada.

AGISBERTO RODRIGUES FERREIRA JUNIOR – PRESIDENTE DO SINDEESMAT

“O movimento sindical articula a resistência aos desmontes e é fundamental para que todos possam trabalhar com dignidade e condições adequadas, tendo acesso a todas os seus direitos”, explica.

Direitos ameaçados

Com a Reforma Trabalhista, a negociação entre patrões e empregados passa a se sobrepor à lei em alguns aspectos. Isso significa que a jornada de trabalho pode chegar a 48 horas semanais, o intervalo de almoço pode passar para 30 minutos e as férias podem ser parceladas em até três vezes.

Homologações

A nova legislação permite que as homologações das rescisões de contratos de trabalho possam ser feitas na própria empresa. Antes, o procedimento era realizado com a presença do sindicato. O movimento sindical continuará lutando para que as homologações sejam feitas nos sindicatos, para que os trabalhadores sejam amparados pela legislação recendo todos os vencimentos de direito.

Fonte: Sindeesmat