Se as expectativas se confirmarem, as estradas brasileiras terão uma piora considerável nos próximos anos. É o que mostra um estudo da Fundação Dom Cabral (FDC), feito por meio da análise de um banco de dados do Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), Empresa de Pesquisa em Logística (EPL) e outras entidades do segmento.
Segundo o levantamento, hoje, 45,7% das rodovias do país estão classificadas como nível péssimo ou inaceitável, utilizando critérios estabelecidos por uma publicação internacional chamada Highway Capacity Manual 2010 (HCM 2010). São quase metade das pistas do país em condições inadmissíveis para trânsito.
Se as previsões – que consideram a deterioração natural da malha rodoviária e a manutenção prevista – se confirmarem, a tendência é que a situação fique ainda pior, com 60% das vias estando em condições precárias até o ano de 2035.
A situação ainda será intensificada com o aumento do uso das pistas, já que, segundo as tendências atuais, os modais rodoviários deverão ser os principais meios de transporte de mercadorias no país.
De acordo com o presidente da Fetropar, Moacir Ribas Czeck, a perspectiva preocupa porque coloca a integridade física da categoria em risco. Por isso, é urgente que o poder público crie planos de contingência e recuperação das estradas, para evitar que o cenário se confirme.
“Os rodoviários desempenham uma função fundamental para o desenvolvimento do país e têm direito de realizar seu trabalho com qualidade. Os sindicatos que representam a categoria articulam esse tipo de luta em várias instâncias, mas é importante que todos pressionem e cobrem os governantes sobre a qualidade das estradas”, afirma Moacir.
Trabalhadores que identifiquem trechos intransitáveis e com alto risco de acidentes devem informar a situação ao sindicato que os representa. A lista completa de entidades sindicais vinculadas à Fetropar estão disponíveis neste link.
Fonte: Fetropar