A senadora Ângela Portela (PT-RR) ressaltou a importância a atuação do Estado numa economia deprimida, especialmente para a parcela mais pobre da sociedade e criticou a proposta de desvincular do salário mínimo o valor pago a título de benefício de prestação continuada. A medida faz parte da proposta de reforma da Previdência encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional.

– O governo quer jogar

[os custos da reforma] no colo dos que mais precisam, dos que não têm condições de trabalhar. O governo aposta na precarização da condição de vida dos idosos, a faixa da população que mais cresce e faz isso ao mesmo tempo em que congela as despesas no sistema de saúde. Isso é desumano, é uma crueldade difícil de imaginar até neste governo, que tem um viés antissocial – protestou a senadora.

Ângela Portela disse que reconhece a necessidade de discutir novas regras de aposentadoria, especialmente com o aumento da expectativa de vida da população. Mas observa que Isso não significa que se deva mudar as regras indiscriminadamente. Ela considera equivocada a exigência de 49 anos de contribuição para que o trabalhador possa se aposentar com o salário integral.

Para ela, essa obrigatoriedade, associada à idade mínima de 65 anos de idade, é particularmente cruel com os trabalhadores de atividades como construção civil, que agora estarão condenados à desesperança.

Linhão de Tucuruí

Ângela Portela disse ainda que vai continuar lutando para que seja concluída a obra do Linhão de Tucuruí, que irá interligar Roraima ao sistema elétrico nacional. A senadora frisou que o fornecimento de energia de forma segura é essencial para o desenvolvimento do estado.

– Esse governo, que está sempre tão disposto a ajudar os mais ricos, os grandes grupos econômicos, precisa cobrar as suas responsabilidades no que diz respeito a apoiar, a ajudar e financiar a infraestrutura básica do estado, que é a construção do Linhão de Tucuruí. Como é que um estado vive sem energia elétrica? – indagou.

 

Fonte: Agência Senado