Motorista, pare um minutinho para tentar identificar se você tem alguma dor localizada em alguma uma parte do seu corpo.

Agora reflita se você desempenha algum esforço muito repetitivo durante sua jornada de trabalho.

Caso sua afirmação tenha sido positiva para essas duas questões, agora veja se elas estão ligadas.

Se estiverem ligadas, é provável que você tenha desenvolvido uma doença chamada LER/DORT, que significa Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).

Causas

Você trabalha em meio a tanto ruído, calor, pouca ventilação, poluição, longas jornadas de trabalho, congestionamentos e, muitas vezes, veículos pouco adaptados ao manuseio, exigindo um esforço extremo.Essa combinação de fatores tem deixado nossa categoria mais exposta aos riscos de desenvolver a doença.

O problema é tão grave que o dia 28 de fevereiro é considerado Dia Mundial de Combate às LER/DORT e serve para chamar atenção para os riscos e divulgar novas formas de prevenção.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que mais de 3,5 milhões de pessoas no Brasil já foram diagnosticadas com LER/DORT. As estatísticas da Previdência Social indicam que esses males são, atualmente, a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil.

Para o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, a tendência é de aumento do número de motoristas afetados pelos sintomas dessas doenças, como lesões nos ombros, dor nas costas, na coluna e na região lombar, inflamações nas articulações e nos tendões, câimbras, entre outros.

“A Reforma Trabalhista, que entrou em vigor no ano passado, e a da Previdência, que o governo ainda tenta aprovar, aprofundam a precarização do trabalho e fragilizam ainda mais a proteção à saúde do trabalhador. É possível que essas medidas resultem em um crescimento dos casos de LER/DORT e da gravidade dos acidentes de trabalho”, analisa.

Culpa não é do trabalhador                 

Alguém pode tentar te convencer de que essas doenças são culpa do próprio trabalhador, que não soube “se cuidar”. Mas segundo João Batista, a responsabilidade é da empresa. “Os trabalhadores devem denunciar sempre ao sindicato as condições inadequadas. O Sinttrol atua para exigir das empresas as melhorias e revisões dos processos de trabalho”, reforça.

Para contribuir com a qualidade de vida do trabalhador e reduzir a incidência de LER/DORT nos motoristas, o Sinttrol disponibiliza, para os associados e dependentes, atendimento médico especializado em várias clínicas de Londrina e região e também de Jacarezinho. As clínicas conveniadas oferecem descontos em consultas e exames.

Em caso de afastamento causado por problemas de saúde ou acidente de trabalho, o filiado ao sindicato tem, durante um ano, a garantia de complementação de auxílio-doença. Para solicitar o auxílio-doença ou retirar sua requisição para utilizar o convênio médico, o trabalhador deve ir até a sede do Sinttrol ou contatar a entidade pelo número: (43) 3322-2242.

Fonte: Sinttrol