Caixa Econômica Federal anunciou a redução nas taxas de juros do crédito imobiliário com recursos da poupança, o chamado SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

As taxas mínimas passaram de 9% ao ano para 8,75% no SFH (Sistema Financeiro de Habitação), que financia imóveis de até R$ 800 mil para todo país, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$ 950 mil.

 No SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), as taxas vão de 10% ao ano para 9,5%. O sistema engloba imóveis acima do limite do SFH.

Além da redução de juros, a Caixa aumentou o limite de financiamento de imóveis usados de 70% para 80%.

Todas as mudanças começam a valer a partir desta sexta-feira (24).

A Caixa detém 69,3% de todo o crédito imobiliário do país e tem R$ 82,1 bilhões disponíveis para empréstimo habitacional em 2018.

De acordo com o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, a nova redução das taxas facilita o acesso à casa própria e contribui para a retomada de investimentos no setor da construção civil.

“Cabe à Caixa como principal agente financeiro da habitação continuar oferecendo as melhores taxas e condições para os nossos clientes, além de colaborar com a retomada de investimentos do mercado imobiliário e suas cadeias produtivas”, afirmou em nota.

A carteira de crédito ampla da Caixa totalizou R$ 695,3 bilhões no semestre de 2018, um recuo de 2,9% na comparação anual, apesar do aumento de 3,6% no crédito habitacional.

A carteira imobiliária chegou a R$ 436,4 bilhões em junho, sendo R$ 250,9 bilhões concedidos com recursos do FGTS, um aumento de 13%, e R$ 185,6 bilhões com recursos da poupança, que recuaram 7%.

Em abril, a Caixa já havia reduzido em até 1,25 ponto percentual as taxas de juros do crédito imobiliário para operações com recursos do SBPE. O banco também ampliara, à época, o limite de financiamento do imóvel usado de 50% para 70%.

OUTROS BANCOS

Desde o dia 17, o Itaú reduziu suas taxas da Carteira Hipotecária (CH) de 9% ao ano para 8,8%, unificando-as com os juros do SFH.

A CH permite que pessoas físicas e jurídicas contratem crédito para aquisição de imóvel residencial e comercial, usando recursos de investimentos e ou da poupança, mas não o FGTS.

“Nossa intenção é investir no produto porque acreditamos que o mercado está voltando”, afirma Cristiane Magalhães, diretora de crédito imobiliário do Itaú Unibanco.

Os demais grandes bancos não mexeram em suas taxas.

O Banco do Brasil, que também é estatal, disse que “monitora constantemente os movimentos do mercado”.

No SFH, a taxa para aquisição de imóvel novo ou usado em 420 meses gira em torno de 8,99% ao ano. Na CH, é de 9,35% para imóvel residencial e 10,55% para comercial.

A linha Pró-Cotista, que usa recursos do FGTS, oferece taxa de 9%, em 360 meses.

O Santander opera com taxas que variam de 8,99% (SFH) a 9,49% (SFI).

O Bradesco diz que a taxa mínima no SFH é de 8,85% ao ano, e para imóveis do SFI, de 9,30%, acrescentando que elas “permanecem entre as mais baixas do mercado”.

Fonte: Fetraconspar