A crise econômica e política tem aumentado os casos de assédio moral no ambiente de trabalho no Brasil. É isso que aponta a pesquisa do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), que identificou um aumento de 47% nos casos de assédio moral no ano de 2015 em São Paulo, quando começou a ser evidenciada a crise no país.
Segundo a Lei 12.250/2006, são consideradas práticas de assédio moral todo gesto ou conduta que submeta pessoas a situações humilhantes, de maneira coletiva ou individual. Por meio de condutas violentas, constrangimentos e perseguições praticadas de forma repetitiva, tanto empregadores quanto superiores ou colegas de trabalho passaram a cobrar mais dos demais trabalhadores em busca de resultados que possam melhorar a situação da empresa e aliviar os efeitos da crise.
Na opinião do presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, muitas vezes, é difícil para o trabalhador identificar uma situação de assédio moral, o que dificulta as denúncias. “Em algumas empresas, os abusos são tão rotineiros que acabam sendo vistos como normais. Nunca é normal. Caso a categoria tenha dificuldade para determinar se uma situação é abusiva, deve procurar o sindicato e relatar o fato. Na dúvida, sempre nos informe”, afirma.
Identificar e denunciar
Especialistas demonstram que, em um primeiro momento, o assédio moral provoca um aumento na produtividade pelo medo de perder o emprego ou ser advertido pelo empregador. Mas, em seguida, o efeito é contrário em função dos desgastes e dos danos psicológicos e físicos que o assédio moral provoca. Por isso, os trabalhadores devem estar atentos a práticas abusivas, buscar amparo e fazer as denúncias.
O trabalhador que estiver sendo vítima de assédio moral no local onde trabalha deve entrar em contato com o Sindeesmat, para relatar o caso e obter todo apoio e orientação necessários.
Fonte: Sindeesmat