O uso do cinto de segurança é a principal medida para diminuir as consequências de um acidente de trânsito. Mesmo sendo obrigatório em todas as vias do território nacional e tendo a sua eficácia comprovada, o item continua sendo negligenciado por grande parte dos motoristas.
Nos últimos anos, políticas públicas e grandes campanhas foram responsáveis por conscientizar os brasileiros sobre a importância do cinto de segurança. Muitas pessoas não sabem, mas o item só se tornou obrigatório em todo o território nacional em 1997. Antes disso, os passageiros precisavam usar o cinto em rodovias.
Mais de 20 anos de obrigatoriedade, no entanto, não se reverteram em respeito completo ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Um levantamento da Agência de Transporte o Estado de São Paulo (ARTESP) identificou que 53% dos passageiros que transitam no banco traseiro, 15% dos ocupantes do banco dianteiro e 13% dos motoristas não usam o cinto de segurança.
O risco de ser flagrado pela fiscalização rodoviária e ter que pagar uma multa de R$ 195,23 perde importância diante dos perigos que a negligência com o cinto de segurança podem gerar.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o uso do cinto de segurança diminui em até 45% o risco de morte para os passageiros do banco da frente e em até 75% para os do banco de trás.
Para os motoristas rodoviários, que passam grande parte do dia expostos ao perigo do trânsito, a importância do cinto de segurança é ainda maior. Mesmo em trajetos curtos ou vias calmas, o uso do item precisa ser respeitado.
Para o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, a responsabilidade pelo uso do cinto de segurança é, em grande parte, dos motoristas, mas as empresas também podem contribuir com campanhas de conscientização.
“Cabe ao empregador reforçar a importância dos itens de segurança do veículo, já que a integridade do trabalhador também é responsabilidade do patrão. Uma opção é investir não só em informações sobre a do cinto, mas em condutas gerais que garantam o cuidado de todos no trânsito”, afirma.
Fonte: Sinttrol