O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que a Oposição deve priorizar três aspectos em 2018: retomar o protagonismo sobre o tema da segurança pública, impedir a privatização da Eletrobras e estabelecer um processo progressivo de tributação de grandes fortunas.
Para o parlamentar, os embates deste ano serão prejudicados pelos pleito em outubro, pois diminuirá a atividade legislativa. Em entrevista, Guimarães elencou as prioridades das legendas que fazem oposição ao governo de Temer.
Quais as prioridades da bancada em 2018?
A oposição vai trabalhar os três grandes temas que atendem ao interesse nacional. A questão da segurança: tirar do governo essa ação midiática eleitoral e traduzir aqui no Parlamento as ações que são necessárias para discutir projetos e consolidar um plano nacional de segurança pública integrado, que envolva estados e União. Não pode ficar o governo neste faz-de-conta, que é o que ele está fazendo com a intervenção no Rio de Janeiro. O segundo ponto é a luta para impedir a privatização da Eletrobras. A pauta das privatizações que o governo quer introduzir como agenda econômica nós não podemos aceitar. Outro tema é o debate sobre a questão tributária. Os municípios estão sufocados. Precisamos de uma reforma tributária que privilegie uma melhor repartição dos recursos e que estabeleça um processo progressivo de tributação das grandes fortunas.
Há espaço para a votação da pauta econômica este ano?
É um ano curto, um ano eleitoral, e nós temos 3 meses no primeiro semestre e no segundo semestre é eleição. Se não votarmos uma agenda até o fim de maio, até 15 de junho, não se vota mais nada. Na verdade, o governo está com uma conversa afiada que quer votar a pauta econômica. O governo quer votar é a privatização da Eletrobras, porque o governo inventou uma lista de projetos que já estão tramitando aqui na Câmara desde 2003. Isso não é pauta de governo, é pauta da Câmara. Nós temos dialogado com presidente
A reforma da previdência está definitivamente derrotada?
Caiu! Não tiveram coragem de assumir que ela [reforma da Previdência] não ia para frente que não tinha, não tem e nunca terá voto. Ficaram o tempo todo dizendo para o mercado que iriam votar, quebraram a cara e houve a desmoralização do País. Agora as agências [de análise de risco] estão rebaixando a nota do País. Esse governo não tem força. É um governo fraco, que não tem base aqui dentro e nem apoio da população.
Fonte: Agência Câmara