Falta de ar, tosse, chiado na respiração e muita indisposição. A rotina de quem tem asma, doença inflamatória crônica das vias respiratórias, é marcada por esses sintomas. Durante as crises, o portador fica praticamente impossibilitado de realizar as tarefas mais simples do cotidiano. Trabalhar e praticar exercícios físicos se transformam em grandes desafios. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20 milhões de brasileiros são afetados pela asma.
O pulmão do asmático é diferente de um pulmão saudável, já que os brônquios ficam mais sensíveis e inflamados quando são expostos ao menor sinal de irritação. Enquanto uma simples poeira pode passar despercebida para o organismo de uma pessoa não asmática, as portadoras da doença podem enfrentar uma grave crise respiratória.
Asma ocupacional
As condições de trabalho estão diretamente ligadas à saúde respiratória, tanto das pessoas asmáticas como dos trabalhadores que não têm a enfermidade, mas que podem desenvolvê-la devido à inalação permanente de gases tóxicos, vapores industriais ou poeira. Nesse último caso, trata-se da asma ocupacional, uma das doenças profissionais mais comuns no Brasil.
Ela atinge trabalhadores das mais variadas categorias, mas as ocupações ligadas à indústria alimentícia têm destaque. Isso porque a inalação de vapores e gases em ambientes fechados afeta diretamente as vias respiratórias e os pulmões. Em casos mais graves, o mais aconselhado é a transferência do trabalhador para uma outra função dentro da empresa.
Engana-se quem pensa que trabalhadores alocados em ambientes menos insalubres, como escritórios, estão totalmente protegidos da asma ocupacional. A ausência de manutenção em aparelhos de ar-condicionado, por exemplo, aumenta consideravelmente a inalação de poeira e ácaros, o que pode desencadear o desenvolvimento da doença.
“Não é normal que um ambiente não seja adequadamente limpo ou higienizado para os trabalhadores. É dever da empresa proporcionar condições adequadas. Caso a categoria esteja exposta a contextos insalubres, deve contatar o Sindeesmat imediatamente”, explica o presidente do sindicato, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior.
Para garantir mais qualidade de vida aos trabalhadores expostos a essas condições de trabalho, os empregadores precisam manter a higiene e a ventilação dos ambientes. Além disso, o estímulo ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a orientação sobre como minimizar os efeitos da doença são fundamentais.
Fonte: Sindeesmat