Produtos de limpeza são tão comuns no dia a dia que parecem inofensivos, certo? Bom, na prática não é bem assim.
Uma pesquisa publicada recentemente na Noruega mostrou que entrar em contato com essas substâncias diariamente pode aumentar o risco de problemas respiratórios – a tendência a desenvolver asma, por exemplo, chega a crescer em 40%. Um outro estudo desenvolvido no Brasil mostra que metade das pessoas que trabalham com limpeza tem doenças que afetam os pulmões.
Isso acontece por conta de alguns componentes químicos presentes nas fórmulas desses produtos – como o cloro, que consta em desinfetantes, e a amônia, comum em água sanitária e sprays multiuso. Os riscos aumentam quando essas substâncias são misturadas.
De acordo com o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, o correto é que o patrão sempre leia os rótulos das embalagens junto com os trabalhadores que atuam no setor de limpeza, explicando os riscos e os procedimentos de segurança que precisam ser adotados.
“A empresa deve passar as informações básicas sobre esses produtos e oferecer equipamento de proteção quando for o caso, como luvas e máscaras. Também é preciso que o patrão passe instruções claras sobre o que fazer em caso de acidentes com essas substâncias”, explica João Batista.
O empregador também deve oferecer a estrutura adequada para a segurança dos trabalhadores. É importante que os ambientes sejam bem ventilados e que os patrões evitem adquirir produtos em spray ou aerossol, que aumentam os riscos de doenças respiratórias.
Ao perceber que está sendo exposto a situações que fazem mal para sua saúde, o trabalhador deve entrar em contato com o sindicato e informar a situação. A entidade irá analisar o caso e exigir melhores condições de segurança para a categoria, além de orientar sobre ações jurídicas e pedidos de afastamento pelo INSS, quando for o caso.
Fonte: Sinttrol