O atual cenário político não é favorável para o movimento sindical. Para se ter uma dimensão do problema, entre abril de 2014 e março de 2015, lideranças sindicais foram assassinadas em 11 países. Em outros 44 países, muitos trabalhadores foram presos porque reivindicaram direitos.
As informações da última Pesquisa Anual de Violações dos Direitos Sindicais, divulgada pela Confederação Sindical Internacional (CSI), mostram que, de um total de 141 países, aproximadamente 70% negam aos trabalhadores o direito de greve e negociação coletiva.
Direito de greve
No Brasil, o direito de greve é garantido pela Constituição Federal. O artigo 9º reconhece a greve como legítima. Quando são paralisados alguns serviços, como, por exemplo, coleta de lixo, atendimento médico e serviço de transporte coletivo, além do aviso antecipado aos patrões e governos, os usuários também precisam ser informados sobre a decisão.
Mas a conquista dos trabalhadores, porém, pode estar ameaçada. Foi o que destacou o analista político Antônio Augusto de Queiroz, durante o encontro de Replanejamento da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar) no qual o Sindeesmat esteve presente.
“Há, em curso, um grande movimento no sentido de desregulamentar direitos e regulamentar restrições. Ou seja, retirar direitos da lei e colocar, no lugar, algo que impeça o acesso ao direito no futuro”, questionou o analista.
Na opinião do especialista, os sindicatos precisam adotar práticas que mostrem aos trabalhadores que a organização é coletiva. Promover eventos e integrar os trabalhadores em debates que fortaleçam a categoria são exemplos de atividades que possibilitam a abertura do sindicato aos empregados.
O que o Sindeesmat tem feito para melhorar a comunicação com os trabalhadores?
Estar presente nas empresas, promover cursos para os trabalhadores da categoria e reunir os diretores são algumas das atividades que o Sindeesmat realiza, periodicamente, para fazer a aproximação com a categoria a qual representa. “O Sindicato é o porta-voz da categoria. Estamos aqui para defender os trabalhadores”, destaca o presidente Agisberto Rodrigues Ferreira Junior.
Fonte: Sindeesmat