O senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) criticou a reforma trabalhista aprovada pelo Senado. Ele relembrou uma greve geral ocorrida há 100 anos, em julho de 1917, na qual mais de 200 pessoas morreram em confrontos de trabalhadores com policiais. Na época, os funcionários das fábricas de São Paulo reivindicavam melhores condições de trabalho.
Segundo o senador, muitas conquistas foram obtidas nos últimos anos, mas a reforma que o Congresso aprovou representa um retrocesso. Para Eduardo Amorim, o trabalhador ainda hoje continua na posição mais frágil da relação empregatícia.
Amorim criticou diversos pontos da reforma, como a possibilidade de as negociações trabalhistas terem mais força do que a legislação, a figura do trabalho intermitente, e a possibilidade de mulheres grávidas trabalharem em ambientes insalubres, mediante autorização de um médico.
– Por tudo isso é que com consciência e com coerência, senhor presidente, eu disse ‘não’ à reforma trabalhista que se tenta impor ao trabalhador brasileiro. Uma reforma trabalhista que consiste num retrocesso histórico enorme e que por isso mesmo não mereceu o nosso apoio – disse o senador.
Fonte: Agência Senado