Criado na década de 90 nos Estados Unidos, o Outubro Rosa é um movimento global de conscientização sobre um problema de saúde grave e silencioso: o câncer de mama. A doença é o tipo de tumor que mais mata mulheres no mundo, geralmente em decorrência de diagnósticos tardios. Esse cenário pode ser evitado com a adoção de medidas simples e gratuitas!

Durante este mês, várias entidades públicas e privadas realizam ações de conscientização e exames preventivos gratuitos para diminuir os números desoladores que o Brasil enfrenta hoje. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a expectativa é de que 59.700 casos sejam diagnosticados até o fim de 2018. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2012, 92 mil mulheres perderam a vida devido à doença nas Américas.

Os números chamam atenção porque, se descoberto em estágios iniciais, o problema tem grande probabilidade de cura. Por isso é importante aderir a medidas preventivas para evitar que o quadro só seja descoberto quando já for muito grave.

Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, é imprescindível que as trabalhadoras da categoria aproveitem o momento para colocar os exames em dia e que os trabalhadores incentivem as mulheres de sua vida a ficarem atentas à questão.

“Os altos índices de mortalidade do câncer de mama podem ser combatidos com informação. Os testes para detectar a doença são gratuitos, e a categoria sempre pode contar com o sindicato que os representa para pedir orientações sobre eventuais convênios médicos que realizem esses procedimentos a preços populares”, explica João Batista.

Prevenindo o câncer de mama

Embora seja comum que as campanhas de conscientização usem o termo “prevenção”, a palavra não é a mais adequada. Infelizmente, não se pode prevenir o câncer de mama, mas é possível tomar precauções para um diagnóstico precoce, que facilite o tratamento e aumente as possibilidades de cura.

A maneira mais simples de fazer isso é por meio do autoexame. A prática deve ser feita pela própria mulher uma vez por mês, e consiste em apalpar a mama fazendo movimentos específicos para detectar anormalidades. Há vários sites, vídeos e cartilhas online que passam orientações sobre como fazer o procedimento. O mais indicado é sempre confirmar as instruções com um médico de confiança.

Também é muito importante passar por um exame clínico chamado mamografia, um teste de diagnóstico por imagem que mapeia todo o tecido da mama em busca de eventuais alterações.

A mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos – ou um pouco antes, se a paciente tiver casos da doença na família. A recomendação do Ministério da Saúde (MS) é que o exame seja feito uma vez por ano. Se achar pertinente, o profissional de saúde pode solicitar que os intervalos entre os testes sejam menores.

O exame pode ser feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é coberto pela maior parte dos planos de saúde, por ser considerado um procedimento simples. Ao longo do mês de outubro, a grande maioria dos municípios brasileiros oferece mutirões para realização de mamografias e plantões de dúvidas sem nenhum custo. Procure pela Secretaria de Saúde da sua cidade e se informe!

Fonte: Fetropar