Quanto mais velho um trabalhador, menor a probabilidade de ficar desempregado, aponta um estudo de um consultor do Senado em parceria com outros dois economistas.
Os dados, dizem, corroboram com a necessidade de uma reforma da Previdência.
Um dos argumentos contra a idade mínima é que a política prejudicaria pessoas mais velhas, pois elas, supostamente, enfrentariam mais dificuldade para se colocar profissionalmente, diz Gabriel Nemer, do Insper, um dos autores.
“Os resultados indicam o contrário: difícil é achar emprego quando se é jovem, e os idosos têm mais facilidade. Isso vai contra a noção de que as empresas não contratam pessoas mais velhas.”
O estudo usou dados do IBGE sobre desemprego e incorporou os desalentados —aqueles que poderiam estar em busca de uma vaga, mas desistiram por considerarem a tentativa infrutífera.
Outras variáveis, como informações sobre renda familiar e dados sobre benefícios sociais também foram levados em conta nas equações.
“Pessoas com mais idade são mais experientes e têm uma rede de contatos melhor”, afirma Pedro Nery, consultor legislativo do Senado, que também assina o estudo.
No caso de homens no mercado de trabalho, o ponto de menor desemprego é aos 50 anos —depois, a curva volta a crescer, segundo os autores.
Eles classificaram a piora dos números como marginal e pouco significativa.
Por: Maria Cristina Frias