No Paraná, uma blitz realizada em 7 de março pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-376 constatou que aproximadamente metade dos caminhões apresentaram algum tipo de mau estado de conservação ou problemas com pneus e/ou estepes. Segundo a PRF, dos caminhões que circulam pelas rodovias paranaenses, pelo menos um terço possui falhas no sistema de freios.
A orientação da PRF é para que os veículos estejam com os equipamentos obrigatórios, vistorias e manutenções de rotina em ordem, já que em muitos casos os caminhões trafegam sem estar totalmente aptos, aumentando os riscos no trânsito.
De acordo com o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, as empresas são responsáveis pelos problemas decorrentes da falta de cuidado com os veículos.
“Muitas vezes os motoristas pegam a estrada com caminhões sem revisão, em péssimo estado de conservação e fora das normas de segurança. Isso coloca em risco a vida dos próprios trabalhadores e das outras pessoas que estão transitando nas rodovias”, destaca.
Falta de manutenção eleva o risco de acidentes
O investimento antecipado em manutenção protege o motorista, o veículo e a carga. Ele ainda previne atrasos e transtornos no meio da estrada, gerando uma economia de cerca de 30% no comparativo com o reparo ou a compra de uma peça nova.
Pneus conservados, por exemplo, são fundamentais para prevenir acidentes em momentos de frenagem brusca, evitando deslizamentos pela pista, ou evitar derrapagens em dias chuvosos, o que traz segurança ao condutor do veículo.
O ideal é que as empresas façam a revisão de suas frotas a cada seis meses ou a cada 10 mil quilômetros rodados.
Amarração de cargas
Em vigor desde 2017, a Resolução 552 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que devem ser utilizados, obrigatoriamente, cintas, cabos de aço ou correntes para prender a carga. O uso de cordas para essa função está proibido. A resistência desses equipamentos precisa ser pelo menos duas vezes maior em relação ao peso total do carregamento.
Para fretes em madeira, não é permitido o uso de pontos de ancoragem, e os veículos de carga mais antigos devem receber travessas metálicas para fixar o frete adequadamente.
Dos 128 caminhões vistoriados na blitz da PRF, grande parte deles também apresentou problemas com a carga, que estava mal acomodada ou descumpria a nova legislação sobre as amarrações. O fato de muitos motoristas ainda desconhecerem essa nova regra mostra a falta de orientação correta aos funcionários por parte dos patrões e a falha em fornecer os equipamentos necessários para a fixação segura e adequada das cargas.
Balanço
De acordo com um balanço da PRF divulgado este ano, o número de acidentes fatais em 2017 foi superior a 600 nas rodovias federais paranaenses, como é o caso da BR-376. O índice, porém, é menor do que o de 2016, apresentando uma redução de quase 6%.
Fonte: Fetropar