Exatamente 51.826 pessoas morreram no Brasil em 2016 por complicações relacionadas à poluição. Os dados alarmantes constam em um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado recentemente.
A pesquisa levou em consideração apenas problemas causados pela exposição dos brasileiros aos chamados Materiais Particulados (MPs). Essas substâncias são liberadas pela queima de combustíveis fósseis e emissões decorrentes do processo de pavimentação de vias, entre outras fontes.
O documento também aponta algumas cidades em que o cenário é mais preocupante. O interior de São Paulo lidera a lista, com os municípios de Santa Gertrudes, que concentra 80 microgramas de MP por metro cúbico; Cubatão, com 49 microgramas; e Rio Claro, com 46. Para se ter uma ideia, o limite anual da OMS para esse tipo de componente varia de 10 a 20 microgramas por metro cúbico, de acordo com a variação de espessura do poluente.
Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, a discussão sobre o desenvolvimento de novas políticas públicas de incentivo ao transporte coletivo é urgente e inadiável. “Perder 50 mil pessoas por ano é estatística de países em guerra. Precisamos seguir reivindicando e lutando pelo aprimoramento da estrutura para os ônibus no Brasil, tanto em rodovias quanto em vias urbanas. A resistência pela mobilidade coletiva é questão de saúde pública”, opina.
Medidas para redução da poluição
É consenso entre especialistas do mundo todo que deixar de incentivar a circulação de automóveis individuais e investir em transporte coletivo de qualidade é a saída para a redução de poluentes.
As medidas que precisam ser tomadas incluem a construção de corredores exclusivos para ônibus nas cidades; a ampliação e modernização das frotas, priorizando a aquisição de veículos elétricos; e a valorização dos trabalhadores que atuam nos coletivos, oferecendo um serviço de qualidade para a população.
Fonte: Fetropar