A descoberta de uma doença grave provoca grandes mudanças na vida de qualquer pessoa. O diagnóstico geralmente vem acompanhado de uma nova rotina de cuidados e, principalmente, de despesas.
Pensando na realidade dessas pessoas, o deputado federal Jesus Sérgio (PDT-AC) apresentou o Projeto de Lei (PL) 2.467/2019, que autoriza o trabalhador diagnosticado com diabetes mellitus a sacar o valor do Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço (FGTS).
O parlamentar justifica a proposição com dados do Ministério da Saúde segundo os quais esse tipo de doença mata 25 mil pessoas anualmente no Brasil. Ao todo, são 11 milhões de brasileiros afetados por ela.
O projeto prevê, ainda, a inclusão do diabetes mellitus na lista de doenças que não exigem prazos de carência para a concessão do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez. Por fim, propõe que os portadores tenham direito ao passe livre no sistema de transporte coletivo interestadual.
Para o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Júnior, o projeto é uma medida de garantir mais qualidade de vida e segurança para esses trabalhadores.
“Trata-se de uma doença que exige uma série de procedimentos, alguns deles bem caros. Leva um tempo para que a família consiga incorporar esses gastos à renda familiar com equilíbrio. Possibilitar o saque do FGTS e conceder outros direitos a esses trabalhadores pode ser uma saída viável”, afirma.
O que é o diabetes mellitus?
A doença, conhecida também como diabetes, é caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia). Ela pode surgir devido a irregularidades na secreção ou na ação do hormônio insulina, produzido no pâncreas.
A insulina promove a entrada de glicose nas células do organismo e, assim, possibilita que elas desempenhem as atividades celulares. Quando a insulina não consegue cumprir suas funções, o sangue fica com uma concentração muito grande de glicose.
Existem diversos métodos para controlar o nível de glicose no sangue e manter uma vida normal. A negligência no tratamento da doença, no entanto, tem graves consequências. A hiperglicemia crônica está associada a lesões da microcirculação, que afeta o funcionamento de órgãos como rins, coração, olhos e nervos.
Fonte: Sindeesmat