Depois de gastar mais de R$ 100 milhões em propagandas enganosas e outros R$ 32 bilhões em emendas para comprar apoio político e aprovar a desastrosa Reforma da Previdência, o governo de Michel Temer desistiu de colocar o projeto em votação no Congresso.
O recuo foi uma vitória dos movimentos sindical e social, que denunciaram as crueldades do projeto e sinalizaram para os parlamentares que aqueles que estivessem a favor enfrentariam grandes resistências nas eleições deste ano.
Para não sair derrotado na votação da Reforma, Temer criou uma espécie de cortina de fumaça, decretando uma intervenção militar no Rio de Janeiro, com duração até 31 de dezembro de 2018.
Dessa forma, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras para o acesso às aposentadorias e pensões não pode ser votada, pois a Lei não permite alteração da Constituição enquanto uma intervenção estiver ocorrendo.
Como a Reforma de Temer engana a população
O que as propagandas do governo não dizem é que os funcionários serão os grandes prejudicados se a Reforma for aprovada, uma vez que as alterações no regime geral impediriam que muitos trabalhadores consigam se aposentar.
Além disso, Temer também esconde que mesmo os que conseguissem teriam que trabalhar mais para se aposentar e vão receber valores menores dos benefícios.
Como deve ser o debate sobre a Reforma?
De acordo com o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, os trabalhadores precisam continuar alertas para evitar que o Congresso aprove um projeto que não os force a trabalhar até morrer.
“É importante lembrar que os políticos pretendem dificultar a aposentadoria dos trabalhadores para beneficiar os bancos privados e aqueles que lucrariam muito com esse projeto”, aponta.
Para o presidente da entidade, é preciso propor uma melhoria da gestão da Previdência Social, com iniciativas eficazes de recuperação do dinheiro sonegado e cobrança dos grandes devedores.
Fonte: Sinttrol