No dia 28 de março, durante o segundo dia do Seminário Nacional: Desafios e Perspectiva da Previdência Social no Brasil, dirigentes sindicais de todo o Paraná debateram sobre os avanços e retrocessos que podem ser causados pela Reforma da Previdência. O evento também contou com uma mesa de diálogos sobre a luta pela defesa do direito de trabalhadores e trabalhadoras do país.
Pela manhã, o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, trouxe um estudo comparado sobre a Previdência Social no Brasil e no Mundo. Para ele, a Reforma da Previdência irá retirar direitos básicos e essenciais de milhões de brasileiros.
“O governo não aprovou essa proposta nas urnas, o povo não votou nisso. Por isso, temos que protestar mesmo. A mobilização do dia 15 de março foi fundamental, e outras estão por vir. Mesmo que a gente não alcance tudo que pedimos, ao menos mostramos para todos que estamos fortes na luta pela manutenção de nossos direitos”, afirmou.
A professora do curso de pós-graduação em direito empresarial e em direito do trabalho previdenciário da Univali/SC Cláudia Vilela ministrou palestra durante a tarde e transmitiu aos dirigentes sindicais como são as regras para aposentadoria hoje e como elas ficarão caso a Reforma da Previdência seja aprovada.
“Não podemos deixar essa Reforma passar da forma como está. Sou a favor de reformas, mas não para prejudicar quem já está quase se aposentando e terá que continuar trabalhando por mais 10, 15 anos, sem um plano reserva para sobreviver. O governo quer manter esse trabalhador no mercado, mas não dá garantias de trabalho para pessoas com mais idade”, disse.
Segundo o coordenador administrativo pedagógico do Instituto São Cristóvão (ISC), Munir Varela, o seminário é parte da preparação dos dirigentes para enfrentar os desafios impostos pelo governo federal. “As mesas de debates foram ótimas, com palestrantes renomados nacionalmente. O evento também trouxe a clareza de que necessitamos urgentemente sair do seminário com algo prático definido, pois os autores da Reforma estão querendo passar com o rolo compressor, abrindo suas caixas de maldades”, afirmou.
Fonte: Fetropar e ISC