Com o intervalo de uma hora determinado pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Processo de Impeachment, foi prevista para as 14h10 a retomada do julgamento da presidente Dilma Rousseff. Sessenta e seis senadores estão inscritos para falar ao longo do dia e os trabalhos deverão entrar pela madrugada.
A parte inicial da sessão foi utilizada pelos advogados da acusação e da defesa, que reafirmaram seus argumentos favoráveis e contrários ao impeachment. Primeiros a falar, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior insistiram na argumentação de que o governo Dilma Rousseff praticou “pedaladas fiscais” e editou decretos suplementares descumprindo a meta fiscal. Em sua fala, Reale chegou a falar da significativa ação das redes sociais na indução do processo.
Em defesa de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo afirmou que as acusações contra a governante afastada “são tão técnicas e confusas” que a população não consegue entendê-las. Ele voltou a atribuir a gênese do processo a uma ação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha para livrar-se do processo que o ameaçava no Conselho de Ética daquela Casa do Congresso.
Este é o quarto dia do julgamento em que, na condição de ré, a presidente responde à imputação de crime de responsabilidade sob a acusação de ter editado decretos de créditos suplementares sem o aval do Congresso e de ter repassado com atraso recursos do Tesouro para o Banco do Brasil pagar o Plano Safra, medidas conhecidas como pedaladas fiscais.
Fonte: Agência Senado