Dia 28 de fevereiro é considerado o Dia Internacional de Prevenção às LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), doenças que têm afetado empregados em todo o mundo.
No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 3,5 milhões de trabalhadores com mais de 18 anos declararam ter recebido o diagnóstico de LER/Dort.
Foi nos anos 90 que essas síndromes ganharam visibilidade, quando houve a integração de movimentos promovidos pelas entidades sindicais de trabalhadores e da produção de textos científicos sobre o tema.
Apesar da maior visibilidade, os empregados sofrem continuamente com mecanismos que agridem e provocam desgastes físicos gerados pelos esforços repetidos ou que exigem muita força na execução. Vibração, postura inadequada e estresse também são os principais causadores das doenças.
Para o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, os limites dos empregados precisam ser levados em consideração. “As empresas não têm o direito de levar seus funcionários à exaustão e muito menos de machucar seus corpos, através de esforços repetitivos, e depois descartá-los. Nós estamos do lado de todos os trabalhadores e com certeza se alguém estiver sofrendo com esse tipo de ação deve procurar o sindicato”, afirma.
Além disso, a intensificação e a precarização do trabalho em todos os setores, seguindo a lógica do lucro, fazem com que os casos de LER/Dort continuem a crescer, mostrando, cada vez mais, uma necessidade de alterar os fundamentos da gestão e organização do trabalho. “É necessário pensar em um novo caminho, que proteja a saúde dos trabalhadores e preserve seus direitos”, complementa Agisberto.
Fonte: Sindeesmat