O Sinttrol marcou presença na paralisação nacional contra as reformas propostas pelo governo federal. O movimento aconteceu nesta quarta-feira (15) e reuniu trabalhadores de diversas categorias, em todo o país.
Vestidos de preto, os trabalhadores protestaram contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista propostas pelo governo Temer. Essas medidas pretendem acabar com a aposentadoria e com os direitos trabalhistas do povo brasileiro.
A paralisação começou de madrugada, com a chegada dos trabalhadores nas garagens de ônibus e terminais de Londrina. A passeata iniciou sua concentração às 9h, na Concha Acústica, e seguiu pelo centro da cidade.
A campanha da Liga da Previdência, criada para informar sobre os prejuízos que o povo brasileiro terá, caso as reformas sejam aprovadas, esteve presente durante a caminhada em Londrina. Os manifestantes carregaram placas da campanha contra a Reforma.
Para o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, a paralisação nacional pressiona os parlamentares. “É parando e protestando que mostramos a eles que não vamos aceitar esses retrocessos facilmente. Todos os trabalhadores vão lutar até o fim para preservar seus direitos trabalhistas e de aposentadoria”, afirmou.
Entenda as reformas
A paralisação dos trabalhadores em todo o país, nesta quarta-feira, não foi à toa. Todos lutam contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista apresentadas pelo governo federal e, unidos, pretendem barrar essas medidas.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 fará grandes alterações nos pilares da Previdência Social. Caso seja aprovada, o tempo mínimo de contribuição para aposentadoria subirá de 15 para 25 anos, fazendo com que os trabalhadores só consigam se aposentar aos 65 anos. Além disso, retira a distinção entre homens, mulheres e trabalhadores rurais e urbanos, desconsiderando todos os aspectos que afetam o empregado em seu local de trabalho específico.
O Projeto de Lei (PL) 6.787/2016 promete acabar com os direitos trabalhistas da população. A medida permite que os termos das negociações coletivas se sobreponham ao que determina a legislação trabalhista. Além disso, abrirá espaço para que as negociações entre empresa e empregado aconteçam sem a participação do sindicato.
Outro ponto preocupante da Reforma Trabalhista é fazer com que as horas de trabalho, antes remuneradas como horas extras, sejam incorporadas à jornada normal, sem pagamento adicional. Se já estivesse valendo, o projeto abriria uma brecha para que os empregados trabalhassem por praticamente 2 meses a mais no ano.
Fonte: Sinttrol