A Fetropar se reuniu com os dirigentes de seus sindicatos membros nesta quinta-feira (4) para reforçar o alinhamento das pautas dos rodoviários. O principal tema das discussões foi a negociação coletiva, mecanismo para garantia de direitos que tem sido constantemente ameaçado desde a aprovação da Reforma Trabalhista.
Nos últimos meses, os patrões têm se recusado a atender chamados para negociações, ou adiado as respostas a acordos em andamento.
Parte do conforto das entidades patronais em não se aproximarem dos sindicatos de trabalhadores para chegar a conciliações vem das brechas abertas pela nova legislação trabalhista – como a possibilidade de fechar acordos individuais com os trabalhadores, situação em que os patrões têm muito mais poder de barganha e coerção, por exemplo.
Para construir soluções para essas dificuldades que a Reforma Trabalhista levou para as mesas de negociação, a Fetropar irá organizar uma nova edição do Seminário de Negociação Coletiva, com esse enfoque.
Os dirigentes que participaram da reunião decidiram por unanimidade que o evento será realizado em Guarapuava, na primeira quinzena de novembro. A programação será elaborada com a perspectiva de propor um enfrentamento aos desafios da negociação coletiva e fortalecer ainda mais o movimento sindical.
“Serão discussões importantes para nos prepararmos para a luta que teremos que enfrentar daqui para frente, neste cenário político”, afirmou o primeiro vice-presidente da Fetropar, Moacir Ribas Czeck.
Luta contra condutas antissindicais também esteve em pauta
Ainda focados no enfrentamento a ataques ao movimento sindical, os presentes debateram algumas questões que surgiram no último encontro do Fórum Estadual da Liberdade Sindical, instância articulada por mais de 100 entidades, incluindo a Fetropar, e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PR).
O principal tema extraído dos debates do Fórum foi a contribuição sindical. As colaborações dos trabalhadores são fundamentais para o custeio dos sindicatos, e são mais um dispositivo duramente atacado pela Reforma Trabalhista.
Para reforçar a validade das contribuições, a Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis) deverá emitir uma nota técnica nas próximas semanas, reafirmando a importância dos aportes para a luta da classe trabalhadora e a viabilidade do recolhimento da contribuição, a ser definida em assembleia. A Fetropar tem participado dos debates de construção desse documento, para garantir que o conteúdo seja realmente representativo.
Fonte: Fetropar