Na última quinta-feira (14), a diretoria executiva da Fetropar realizou a última reunião do ano, para tratar dos efeitos da Reforma Trabalhista que já foram observados na categoria e fazer uma retrospectiva das atividades que a entidade promoveu durante 2017.

Os participantes discutiram algumas sentenças judiciais que já foram dadas após a nova legislação entrar em vigor, em que as decisões foram a favor dos trabalhadores. De acordo com os dirigentes, isso demonstra que mesmo com as novas regras a luta por direitos não pode parar, buscando sempre as melhores condições para os trabalhadores.

O balanço das assembleias unificadas também foi apresentado durante a reunião, destacando que apesar da resistência de alguns trabalhadores – muitas vezes devido à coação das empresas –, a continuação da contribuição sindical foi aprovada. Segundo Sandro Lunard Nicoladeli, assessor jurídico da Fetropar, a elaboração de um banco de dados que registre esse tipo de ação dos patrões em oposição ao sindicato pode ser bastante proveitosa.

“As entidades devem enviar fotos e outros registros das dificuldades encontradas no recolhimento das autorizações para a contribuição sindical. Esses materiais serão utilizados nas futuras negociações com as empresas e até mesmo em denúncias, quando houver a necessidade”, afirmou Sandro.

Retrospectiva

No encontro foram relembrados os principais eventos promovidos pela Fetropar durante o ano, como o Seminário Nacional: Desafios e Perspectiva da Previdência Social no Brasil, realizado em parceria com o Instituto São Cristóvão (ISC); a participação no Ocupa Brasília, em 24 de abril; o seminário A CLT Pós-Temer e suas Consequências Jurídicas e Sindicais, que teve o apoio da entidade; o Seminário de Negociação Coletiva e Jurídico da Fetropar; e o Ato de Resistência, realizado no Centro de Curitiba, em 27 de outubro, contra a Reforma da Previdência e outras medidas do governo federal que retiram direitos dos trabalhadores.

Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, 2017 foi um ano com muitos desafios para a classe trabalhadora, mas que mostrou que a resistência dos trabalhadores e dos sindicatos pode fazer a diferença na conjuntura que o país vive.

“Realizamos muitas discussões sobre as melhores formas de enfrentar os ataques que a população sofreu durante este ano, o que fortaleceu as entidades e trouxe mais confiança em nossas atividades. Em 2018, continuaremos lutando para garantir o melhor para os trabalhadores da nossa categoria”, destacou João Batista.

Fonte: Fetropar