Convocado pelas principais centrais sindicais do país no início de maio, o Ocupa Brasília foi o maior protesto de oposição ao governo de Michel Temer já realizado na capital federal.
Na quarta-feira (24), o ato reuniu mais de 150 mil pessoas que protestaram contra as reformas Trabalhista e da Previdência e a favor de eleições diretas.
Mais de mil ônibus levaram trabalhadores de várias regiões do país para o protesto. Os manifestantes se concentraram no Estádio Mané Garrincha e seguiram em uma grande marcha para o Congresso Nacional.
De acordo com o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, o Ocupa Brasília mostrou a união do povo brasileiro em defesa da democracia e contra os retrocessos propostos pelo governo federal.
“O movimento de luta que realizamos na capital federal ficará marcado em nossa história. Milhares de pessoas, dos quatro cantos do Brasil, se uniram contra a retirada de direitos e a favor da escolha democrática de um novo presidente. Continuaremos lutando para que todas as nossas conquistas estejam garantidas”, afirmou.
Abuso policial
A brutalidade da Polícia Militar (PM) manchou as manifestações do Ocupa Brasília. Bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, balas de borracha e spray de pimenta foram lançados contra os militantes, na tentativa de dispersar um protesto que seguia pacífico e sem confusões.
Para João Batista, o abuso da PM só demonstrou que o governo sentiu a força do protesto. “Não é a repressão que irá parar as manifestações dos trabalhadores. Lutamos pelo futuro do país, pela garantia dos nossos direitos e das gerações futuras. A atitude dos policiais foi autoritária e apenas refletiu o sucesso do Ocupa Brasília”, relatou.
Greve Geral
Após os protestos em 24 de maio, as centrais sindicais anunciaram que o calendário de manifestações populares não será encerrado. Muitos atos ainda serão realizados em todo país e há a possibilidade de uma nova Greve Geral. Todos os instrumentos da classe trabalhadora serão utilizados na luta para barrar a retirada de direitos.
Fonte: Fetropar