O Brasil é um dos países com maior número de mortes no trânsito, perdendo apenas para a China e a Índia. Segundo a Organização Mundial de Saúe (OMS), o país apresenta uma taxa de 23,4 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes.e acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 38% dos acidentes nas rodovias federais ocorrem com ônibus e caminhões. É um número alto, considerando que esse tipo de veículo representa apenas 4% da frota nacional.

Um estudo realizado pelo programa SOS Estradas mostrou que a metade dos acidentes com motoristas profissionais acontecem sem que haja o envolvimento de outro veículo. São saídas de pista, tombamentos e colisões com objetos fixos, situações típicas de acidentes provocados por excesso de cansaço do empregado.

De acordo com o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, esses acidentes acontecem por conta das longas jornadas de trabalho que os motoristas precisam enfrentar diariamente.

“Mesmo sabendo que estão colocando a própria vida em risco, esses trabalhadores se submetem a longos períodos na estrada por medo de perder o emprego. Muitas vezes, viajam sem dormir e andam acima do limite de velocidade para cumprir prazos absurdos determinados por seus patrões”, relata.

Proteção

A Constituição Federal e o art. 58 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), estabelecem que a jornada de trabalho não pode ultrapassar 8 horas diárias, com limite de 44 horas semanais. Jornadas menores podem ser fixadas apenas por lei ou convenções coletivas.

Cumprir corretamente os horários, sem ultrapassar a quantidade de horas extras permitidas, garante a saúde e o bem-estar do funcionário, que irá realizar suas funções com mais disposição e segurança.

O empregado que for pressionado a cumprir além do limite definido pela CLT, deve procurar o Sinttrol e fazer a denúncia.

Fonte: Sinttrol