No Brasil são registrados aproximadamente 700 mil acidentes de trabalho por ano, desde 2010, segundo dados da Previdência Social e do Ministério do Trabalho (MTb). Por dia, em média, 55 empregados deixam definitivamente o trabalho por morte ou incapacidade permanente. Só em 2014, foram 704 mil acidentes de trabalho, sendo quase 3 mil casos fatais e mais de 251 mil que resultaram em afastamentos por período superior a quinze dias.

Nos últimos quatro anos, a economia já sofreu um impacto de R$ 22 bilhões, por conta de pessoas afastadas em função de ferimentos e acidentes durante o trabalho. Se incluirmos os casos de acidentes em ocupações informais, estima-se que esse número poderia chegar a R$ 40 bilhões.

“Os prejuízos para os trabalhadores e para os cofres públicos são altíssimos. Precisamos cada vez mais alertar para o uso adequado de equipamentos, para que o maior número de acidentes seja evitado”, afirma o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior.

O Ministério da Fazenda também possui dados sobre ocorrências acidentais e mortes: entre 2012 e 2016 foram apontados 3,5 milhões de casos de acidentes de trabalho em todos os estados brasileiros. Desse total, 13.363 provocaram morte de trabalhadores e geraram R$ 22,171 bilhões em gastos da Previdência Social com auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente para pessoas que tiveram sequelas.

“As empresas têm a obrigação de garantir a segurança de seus trabalhadores e o empregado deve denunciar ao sindicato qualquer condição que o coloque em risco no local de trabalho”, ressalta.

Monitoramento e prevenção

Já existe no Brasil uma ferramenta que monitora em tempo real os dados sobre acidentes de trabalho, por meio de uma parceria entre a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT). O levantamento é divulgado pela internet pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, que informa a quantidade de acidentes, com estatísticas sobre as regiões onde mais ocorrem, gastos para a Previdência Social, entre outros.

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O Brasil é o quarto país do mundo que mais registra acidentes durante atividades laborais. Para o presidente do Sindeesmat é importante ter conhecimento dessas informações e cobrar o implemento de ações preventivas. “Não podemos mais liderar estatísticas de acidentes por situações e condições de trabalho que não respeitam as normas de saúde e de segurança vigentes no país”, enfatiza.

Fonte: Sindeesmat