A responsabilidade de fazer do trânsito um espaço seguro e humano é de toda a sociedade. Por isso, os condutores de qualquer tipo de veículo precisam adotar uma postura defensiva e preventiva.

Dados mostram que metade dos acidentes com motociclistas envolve também outro veículo. Quando não levam a óbito, costumam causar lesões e marcas irreversíveis. No entanto, com a adoção de comportamentos simples, motoristas de veículos mais pesados podem contribuir para evitar casualidades.

As motocicletas acabam facilmente escondidas nos pontos cegos dos veículos e, por conta do seu tamanho, aparentam estar mais longe do que suas posições reais. Por isso, o recomendado é redobrar a atenção ao realizar mudanças de faixa e cruzamentos, e ao julgar a distância das motos em relação aos outros automotores.

É importante que motoristas de automóveis e outros veículos fiquem atentos, pois motocicletas podem reduzir a velocidade sem a necessidade de brecar; assim, as luzes de freio nem sempre se acenderão. Do mesmo modo, o pisca-alerta não se desliga automaticamente. Motociclistas podem estar sinalizando manobras que não planejam fazer, por descuido ou inexperiência.

Além disso, eles precisam ajustar continuamente sua posição nas faixas para evitar sujeiras ou resíduos. Em vez de dividir a pista com as motos, o mais indicado é permitir que elas tenham espaço para manobrar.

Mesmo que as motos sejam ágeis – especialmente em situações de baixa velocidade e pista aderente –, não se pode contar que seus condutores acompanhem essa agilidade em mudanças de trajetória.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva, vale ressaltar que os motociclistas têm proteção quase nula ao volante. “É preciso enxergá-los como pessoas, respeitando seu espaço no trânsito e zelando como for possível pela sua integridade. Fazer ao menos o que está ao nosso alcance para evitar os acidentes.”

 

Fonte: Fetropar