Trabalhar no transporte coletivo não é algo fácil. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), mostrou que os motoristas de ônibus urbanos precisam rodar mais de 150 quilômetros por dia, além de enfrentar grandes congestionamentos quase que diariamente.
Essa rotina puxada gera cansaço e desconforto aos trabalhadores do transporte coletivo, além de aumentar o risco de assaltos aos ônibus. A pesquisa realizada pela CNT revelou que a maioria dos motoristas está satisfeita com seus empregos, pois é uma boa fonte de renda e permite a interação com novas pessoas todos os dias.
Porém 30,8% dos trabalhadores entrevistados afirmam que o elevado número de assaltos dificulta o dia-a-dia da profissão. Além disso, 30,3% dos empregados relatam que o cansaço e o estresse, causados pelas longas jornadas de trabalho, tornam a função ainda mais desgastante.
A pesquisa da CNT também mostrou que o desgaste físico dos trabalhadores ocasionou 10% dos acidentes de trânsito entre 2015 e 2017. Outro dado preocupante é que três de cada dez motoristas do transporte coletivo já foram vítimas de assaltos nos últimos anos.
Para o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, longas jornadas de trabalho colocam em risco a saúde e a segurança desses profissionais no país.
“As empresas precisam colocar o bem-estar de seus trabalhadores em primeiro lugar. Longos períodos dirigindo, sem descanso e alimentação, trazem prejuízos para quem trabalhado transporte coletivo, além de aumentar o número de acidentes nas cidades brasileiras. Isso traz riscos não só ao trabalhador, mas aos passageiros e pedestres”, afirma.
O funcionário que for obrigado a trabalhar durante um período maior que o definido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, deve procurar o Sindicato e fazer a denúncia.
Fonte: Sinttrol