IBGE aponta que 1% mais rico da população recebe 27,9 vezes mais que a mais pobre.
O rendimento médio mensal da população paranaense teve crescimento em 2017, mas o abismo entre os mais ricos e os mais pobres aumentou. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – Rendimento de todas as fontes, divulgado ontem pelo IBGE.
No ano passado, as pessoas que tinham algum rendimento (de todas as fontes) recebiam, em média, R$ 2.317, contra R$ 2.274 em 2016 (variação positiva de 1,9%). Ja o rendimento médio mensal real domiciliar per capita saltou de R$ 1.403 para R$ 1.476 (alta de 5,2%).
Esse incremento no rendimento, contudo, não significou uma redução da desigualdade econômica, um dos maiores males do país. Aliás, o que houve foi justamente o contrário e prova disso é que o índice Gini dos rendimentos, que mede a desigualdade da sua distribuição, chegou a 0,492 em 2017 (era de 0,485 em 2016). O valor do índice varia de zero (igualdade) até um (desigualdade máxima).
No Paraná, o rendimento médio efetivo de todos os trabalhos da metade da população com os menores rendimentos foi de R$ 947 em 2017 — 1,15% a menos que em 2016 (R$ 958). Já as pessoas que faziam parte do 1% da população paranaense com rendimentos mais elevados viram a renda crescer 14,4%, saltando de R$ 23.138 em 2016 para R$ 26.461 no ano passado.
Isso significa que os mais ricos recebiam, em média, 27,9 vezes o rendimento da metade da população com os menores rendimento.
Outro dado que evidencia a enorme desigualdade do país é a massa de rendimento mensal, ou seja, a soma dos valores recebidos pela população. No ano passado, esse montante foi de R$ 16,7 bilhões. Os 10% da população com os menores rendimentos, porém, detinham apenas 1,25% dessa massa, enquanto os 10% com os maiores rendimentos abocanharam 38,9% do total.
Fonte: Bem Paraná, 12 de abril de 2018