Aos poucos, manchas brancas surgem na pele e começam a crescer. Não há dor ou coceira para dar pistas do que pode estar acontecendo. Ao procurar o médico, a pessoa descobre que está com vitiligo. Apesar de não ter cura, a doença não é contagiosa e não traz qualquer consequência além da mudança estética. Suas causas não são totalmente definidas, mas pesquisas recentes constataram que fatores emocionais podem desencadear o seu surgimento.
O vitiligo nada mais é do que a perda de células que produzem a melanina, proteína que dá cor à pele e aos pelos do corpo. Como as manchas têm intensidades e tamanhos diferentes, o tratamento varia em cada caso. Tanto o diagnóstico quanto o acompanhamento são feitos pelo dermatologista.
Alguns fatores podem estar ligados ao aparecimento da doença. O uso de produtos químicos e a exposição excessiva ao sol são alguns deles, assim como o estresse.
De acordo com o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, a categoria convive com algumas situações de risco para a doença. Por isso, os trabalhadores precisam ficar atentos. “É importante ter atenção aos sinais de manchas na pele e passar por exames de rotina sempre que possível. Caso o patrão esteja incentivando a exposição dos trabalhadores à condições insalubres sem equipamento de proteção, é fundamental avisar o sindicato”, explica.
Entenda a doença
Existem dois tipos de vitiligo: o localizado, que atinge pontos isolados, e o generalizado, que provoca a perda de toda a pigmentação da pele.
A maior dificuldade que as pessoas portadoras do vitiligo enfrentam é o preconceito, já que as manchas são vistas com estranheza pelos outros.
Assim como várias outras doenças, o diagnóstico precoce é a melhor forma de controlar o vitiligo e alcançar o máximo de eficácia no tratamento.
É possível recuperar parte da pigmentação da pele por meio do transplante de melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina.
Recomenda-se que o portador do vitiligo inicie um acompanhamento psicológico para lidar com o preconceito. Por conta dele, as mudanças estéticas tendem a provocar o isolamento social e em alguns casos, até a depressão.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) estima que 0,5% da população mundial seja portadora do vitiligo. No Brasil, três milhões de pessoas convivem com a doença.
Fonte: Sindeesmat