Os bancos públicos – aqueles que são administrados total ou parcialmente pelo Governo Federal — são responsáveis por oferecer serviços fundamentais que oferecem mais qualidade de vida e novas possibilidades para a população.

Totalmente pública, a Caixa Econômica Federal é responsável por serviços e benefícios que fazem toda a diferença no dia-a-dia do povo brasileiro, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), financiamentos habitacionais, loterias e o programa de Integração Social (PIS).

Já o Banco do Brasil, que tem economia mista — ou seja, tem o governo federal como principal gestor e acionistas minoritários que também tomam decisões pelo banco — oferece linhas de crédito com taxas abaixo das praticadas pelo mercado. Entre eles, estão o Fies, o Minha Casa, Minha Vida e o financiamento rural para que agricultores continuem produzindo. Há ainda o auxílio a municípios e estados e o apoio à Defesa Civil quando alguma catástrofe acontece.

No entanto, tudo isso pode mudar caso essas instituições sejam privatizadas.

Privatização e fim das linhas de crédito

“Esses bancos só podem oferecer essas facilidades para os trabalhadores, da forma como oferecem, justamente porque são públicos. A privatização pode simbolizar uma mudança devastadora em todos os planos da população, porque as instituições passariam a priorizar o lucro como qualquer outro banco”, explica o presidente da Fetropar, João Batista da Silva.

Embora o novo presidente, Jair Bolsonaro, tenha afirmado que a privatização dos bancos não está no radar do governo, seu ministro da Economia, Paulo Guedes, já manifestou a intenção de passar a administração da Caixa e do Banco do Brasil para o setor privado.

“É uma possibilidade a qual o movimento sindical deve estar atento. Os principais prejudicados por uma privatização desse porte seriam os próprios assalariados. Devemos dialogar com os trabalhadores sobre a importância de preservar o nosso patrimônio e qual pode ser o futuro caso isso não aconteça”, afirma João Batista.

Fonte: Fetropar