Imaginar uma sociedade sem caminhões circulando nas rodovias é bastante difícil. Fazendo a sociedade funcionar em vários aspectos, os motoristas de caminhão representam funções importantes.
Para dar voz a estes profissionais, estudo escutou os motoristas e indicou questões importantes e determinantes nas suas atividades. Também surgiram queixas, que demonstram que muitas vezes as condições de trabalho não respeitam a integridade do trabalhador.
Indo na contramão das condições de trabalho saudáveis e seguras, a chamada Lei do Caminhoneiro tirou uma série de direitos dos motoristas. A nova lei desemparou completamente os trabalhadores, expondo-os a longas jornadas sem descanso.
Os trabalhadores geralmente fazem o transporte durante o dia e, mesmo quando trabalham à noite, têm horário fixo. A nova legislação, inclusive, prejudica o descanso do motorista.
Há, além disso, cobrança da empresa para que os prazos sejam cumpridos, deixando o trabalhador tenso. Aliado a isso, os horários irregulares e longas viagens prejudicam diretamente o sono e a alimentação do motorista. Da irregularidade das refeições e do descanso do trabalhador podem surgir consequências como aumento do peso e da síndrome da apneia obstrutiva do sono.
O consumo de substâncias químicas também foi apontado pelos motoristas como um problema decorrente das condições de trabalho. Por não enxergar alternativas para permanecer dias acordado para cumprir os prazos de entrega, o trabalhador se vê obrigado a usar substâncias estimulantes. Com isso, sua própria segurança é colocada em risco, além da de todas as outras pessoas que circulam nas rodovias.
A falta de segurança é outra queixa constante dos motoristas profissionais. Muitos já foram vítimas de assalto e têm medo de serem agredidos pelos assaltantes. É obrigação do empregador garantir ao seu empregado condições seguras e saudáveis. Diante disso, algumas empresas adotam mecanismos de segurança e a instrução para os motoristas é nunca reagir a um assalto.
Para o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva, o trabalho dos motoristas deve ser reconhecido pela importância que tem. “Enfrentar longas viagens e estar nas condições em que se encontra faz com que os motoristas tenham o seu trabalho reconhecido. O reconhecimento por si só não é suficiente: é preciso que medidas sejam tomadas para preservar a saúde e a segurança do trabalhador”, afirma.
Caso o trabalhador enfrente condições que não protejam a sua integridade, expondo-o à riscos, o motorista deve procurar seu sindicato para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
Fonte: Fetropar
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