A falha nos freios é uma das causas mecânicas que mais geram acidentes envolvendo caminhões pesados. Por isso, o motorista precisa estar atento ao desgaste da lona de freio e comunicar a empresa para que seja feita periodicamente a verificação do componente para não correr riscos.

A lona de freio cumpre a função de garantir que a fricção realizada pelo motorista acione os freios. O atrito da lona no tambor interfere diretamente na taxa de desaceleração do veículo. Dessa maneira, o seu desgaste acaba influenciando a eficiência na hora de parar ou de frear o caminhão.

“É um item muito importante para qualquer veículo. As lonas necessitam de uma atenção permanente e a sua substituição é fundamental quando algo diferente for notado”, explica o presidente do Instituto São Cristóvão, João Batista da Silva.

A deterioração da lona acontece porque o desgaste irregular, ou mais rápido, pode alterar o tamanho de contato do revestimento da peça. Ou ainda mudar o padrão de geração de calor por fricção e degradar o sistema de frenagem, deixando-o menos eficiente. Na hora de uma frenagem mais ríspida, por exemplo, se a lona estiver deteriorada, o motorista poderá ficar na mão.

Como inspecionar

Alguns indícios perceptíveis que o próprio veículo aponta podem auxiliar no diagnóstico da vida útil das lonas de freio. Vale verificar, por exemplo, os seguintes sinais: se o veículo está “puxando” mais para um lado, dificultando a dirigibilidade; se o veículo percorre uma distância muito maior até parar totalmente; ou se existe trepidação no pedal de freio.

Também se recomenda verificar a espessura das lonas de freio em busca de rachaduras aparentes, bem como prestar atenção no líquido dos freios. É indicado operar a troca desse líquido a cada 10 mil quilômetros, ou anualmente, seguindo sempre a recomendação do fabricante. É importante ainda ressaltar que os períodos ideais de manutenção podem variar de acordo com o tipo de caminhão.

Como fazer a troca das lonas?

A recomendação é substituir ao mesmo tempo as lonas de freio das duas rodas do mesmo eixo. Na troca, devem ser utilizados o mesmo tipo e tamanho de lona. Orienta-se também o uso do rebite de aço com revestimento de latão, pois é mais resistente. O uso de rebite de alumínio é comum, devido ao baixo custo e à facilidade de aplicação, todavia não é recomendado pelas montadoras, pois possui baixa resistência e elasticidade.

Fonte: Instituto São Cristóvão