A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que não há déficit na Seguridade Social. Segundo ela, já foi feita uma reforma da Previdência com a fórmula que exige uma determinada soma de tempo de contribuição com a idade para que o valor do benefício não seja reduzido.

Também lembrou que o sistema dos servidores públicos já está limitado hoje ao teto do INSS. Ou seja, para obter valores maiores, o servidor que entrou a partir de 2013 já tem que procurar fundos complemenrtares.

A deputada criticou o secretário Marcelo Caetano, afirmando que 99% da agenda dele antes do envio da reforma ao Congresso teria sido dedicada a reuniões com bancos e seguradoras. “Não eram reuniões sobre a previdência do trabalhador”.

Jandira afirmou ainda que 40% dos brasileiros não chegam aos 65 anos de idade. A deputada disse que o governo faz muitas comparações com países europeus, mas não diz que lá este percentual é de menos de 20%.

Para a deputada, é necessário discutir também a qualidade de vida dos brasileiros que conseguem se tornar idosos. E terminou criticando o fim da diferenciação de critérios entre homens e mulheres para conseguir a aposentadoria.

Dívida das empresas
Os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Pepe Vargas (PP-RS) cobraram do governo a metodologia utilizada para as projeções de déficit. Segundo eles, é preciso ter, por exemplo, os parâmetros econômicos que embasaram as tabelas.

“Com essa reforma, vocês estão estimulando os jovens a não pagar mais a Previdência”, disse Arnaldo. O deputado afirmou ainda que a dívida das empresas com a Previdência está em torno de R$ 500 bilhões e deveria ser priorizada.

Os parlamentares participam de audiência da Comissão Especial da Reforma da Previdência, que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que altera regras em relação à idade mínima e ao tempo de contribuição para se aposentar, à acumulação de aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos benefícios, entre outros pontos.

A comissão reúne-se no plenário 2.

 

Fonte: Agência Câmara Notícias