Quando se fala em segurança no trabalho, geralmente pensamos no uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ou em medidas que evitam acidentes graves. Mas é importante lembrar que a promoção do bem-estar dos trabalhadores deve levar em conta elementos aparentemente inofensivos, como a iluminação do ambiente de trabalho.

Para o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, a luminosidade do ambiente está diretamente relacionada com a saúde do trabalhador, seja qual for a função dele. “Uma luz inadequada afeta tanto o empregado que opera uma máquina na linha de produção quanto aquele que passa a maior parte do dia sentado em frente ao computador. A empresa deve estar atenta a essas diferenças e adequar a iluminação às características do cargo”, alerta.

Normas

A Norma Regulamentadora (NR) 17 define as regras de luminosidade dos ambientes de trabalho e os parâmetros de ergonomia que os patrões devem respeitar para evitar danos à saúde do trabalhador. De acordo com o documento, todos os locais da empresa devem oferecer iluminação adequada à natureza da atividade. Além disso, a disposição da luz no ambiente precisa evitar ofuscamentos, reflexos incômodos e sombras excessivas.

Infelizmente muitos empregadores desrespeitam a NR 17, causando adoecimento dos trabalhadores e a ocorrência de acidentes de trabalho. A exposição prolongada a uma iluminação prejudicial provoca sensação de cansaço, problemas de visão e dor de cabeça constantes. Em funções mais perigosas, a luminosidade falha pode provocar lesões e até mesmo ser fatal para o trabalhador. Isso porque o cansaço dos olhos afeta a percepção de velocidade e profundidade, colocando em risco os empregados que operam máquinas com movimentos bruscos ou itens cortantes.

“Se o trabalhador notar que a empresa está sendo irresponsável com a iluminação do ambiente de trabalho, deve entrar em contato com o Sindeesmat”, reforça Agisberto.

Fonte: Sindeesmat