Nos últimos anos, as ferramentas de trabalho dos rodoviários passaram por uma grande modernização. Os veículos que estão rodando atualmente são repletos de facilidades que não existiam há algum tempo.

Os componentes tecnológicos – como painéis eletrônicos, volantes e bancos com diversas opções de regulagem, dispositivos e sensores – surgiram como possibilidades de oferecer mais segurança e conforto ao condutor.

As mudanças também coincidiram com alterações na legislação. As novas regras criaram dispositivos para assegurar os direitos dos trabalhadores, regulamentando folgas, intervalos e tempo obrigatório para descanso.

No entanto, na prática, ainda falta suporte aos trabalhadores por parte das empresas.

Não é novidade que boa parte dos empregadores coloca a lucratividade acima das condições de trabalho que ofertam. Para manter seus lucros diante das modificações, muitas empresas aumentaram o controle e as exigências sobre a categoria. Os prazos para concluir as viagens encolheram, e, em muitos casos, os salários também.

Além disso, muitos locais ainda não ofereceram a capacitação necessária para que os rodoviários possam usufruir das novas tecnologias da melhor forma possível. Não basta ter uma boa ferramenta de trabalho – é preciso receber todas as informações necessárias para aproveitar os recursos com segurança e efetividade. Oferecer cursos e atualizações sobre os equipamentos e as alterações na legislação é responsabilidade da empresa.

“É papel do movimento sindical cobrar as empresas para que todas as exigências legais sejam cumpridas e que os trabalhadores tenham meios de se adaptar às novas tecnologias. O trabalho dos sindicatos é essencial para que a categoria tenha acesso aos seus direitos, e que essas garantias não fiquem só no papel”, explica o presidente da Fetropar, João Batista da Silva.

Fonte: Fetropar