Poucas profissões são tão arriscadas quanto a do motorista rodoviário. As horas no trânsito, a insegurança dos centros urbanos e das estradas e as condições precárias das rodovias representam grandes riscos para a categoria. Alguns trabalhadores, entretanto, ficam ainda mais expostos ao perigo: os que transportam cargas perigosas.

Por conta da periculosidade dessa atividade, as empresas precisam respeitar uma série de regras referentes ao transporte de cargas perigosas. Essas determinações são previstas pelo Regulamento do Transporte de Produtos Perigosos e na resolução 3665/2011 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Apesar das regras estarem detalhadas nos documentos, muitos empregadores fazem vistas grossas às adequações e aos cuidados necessários para o transporte de cargas perigosas. Essa irresponsabilidade coloca em risco não só a integridade do trabalhador, mas de todas as pessoas que trafegam pelas vias urbanas e estradas brasileiras.

Uma das irregularidades mais comuns é a negligência com a obrigatoriedade do curso de Movimentação Operacional de Produtos Perigosos, conhecido como curso MOPP. A formação é obrigatória e prepara os motoristas para o transporte de produtos perigosos.

Além disso, muitas empresas programas de prevenção a acidentes e orientação sobre as ações necessárias em situações de emergência. Elas são fundamentais para garantir a segurança não só do motorista, mas de todos os que trafegam pelas vias e estradas brasileiras.

Outro ponto preocupante é a negligência das empresas com a preservação dos veículos e com a idade da frota. No caso do transporte de cargas perigosas, todo deslize pode gerar um acidente de grandes proporções. Por isso, os patrões precisam estar atentos aos mínimos detalhes relacionados à manutenção.

O presidente da Fetropar, Moacir Ribas Czeck, reforça que os empregadores precisam seguir à risca as regras do transporte de cargas perigosas. “Não são raras as vezes em que os empregadores fecham os olhos para a segurança dos empregados em razão do lucro. Isso não pode acontecer. A vida do trabalhador precisa estar sempre em primeiro lugar nas prioridades de uma empresa”, afirma.

Fonte: Fetropar